Tarifas públicas caíram 0,13% em outubro

Os preços administrados por contrato e monitorados fecharam o mês de outubro com queda de 0,13% em Curitiba. A variação negativa tanto do gás de cozinha (-0,77%) como do transporte coletivo (-0,66%) – por conta da tarifa domingueira de R$ 1,00 – conseguiu provocar a deflação da cesta de tarifas públicas. A gasolina, com aumento de 0,38%, foi o único item da cesta com variação positiva. Álcool combustível e óleo diesel também registraram aumento – de 10,50% e 1,10%, respectivamente -, mas nenhum do dois entra na composição dos preços administrados. Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR), em parceria com o Sindicato dos Engenheiros (Senge-PR).

Com o resultado de outubro, os preços administrados acumulam no ano alta de 3,12% e, nos 12 meses, aumento de 4,40%. De acordo com o economista Sandro Silva, do Die-ese-PR, o ano deve encerrar com a cesta de tarifas públicas próximo a 4,40%. ?A valorização do real frente ao dólar está impactando menos no reajuste dos contratos?, explicou o economista. É o caso do IGP-M (índice usado como referência no reajuste da telefonia fixa), que acumula alta de 2,38% nos 12 meses. ?O problema é que quando há valorização do real frente ao dólar, demora muito mais para chegar ao consumidor do que o contrário?, comentou.

Segundo Silva, o único item que tem data-base até dezembro é o pedágio. Mas, por conta das brigas judiciais ocorridas a cada aumento, ele não acredita que o reajuste seja aplicado ainda este ano. De outubro do ano passado para este ano, o pedágio da Ecovia aumentou 22,5%, passando de R$ 8,00 para R$ 9,80.

Combustíveis

Para novembro, a expectativa é que os preços monitorados aumentem 1,12%, por conta sobretudo da gasolina, que subiu 5% nas duas primeiras semanas do mês – o preço médio passou de R$ 2,35 em outubro para R$ 2,46 no início de novembro. Por conta da tarifa domingueira, o transporte coletivo também deve contribuir com alta de 0,67%. Já o gás de cozinha, cujo aumento de preço foi anunciado pelo sindicato dos revendedores na semana passada, tem apresentado queda de 0,07% até agora. ?Existem dois movimentos: da gasolina, que pode fechar o mês com alta menor que 5%, e do gás de cozinha, que vem apresentando queda, mas que pode reverter?, explicou.

No caso dos combustíveis, Sandro Silva chamou atenção para a decisão da Justiça, que voltou a determinar a margem de lucro de donos de postos em 11% para a gasolina e de 30% para o álcool combustível. ?Se a determinação for cumprida, o litro da gasolina que custa R$ 2,139 em média na distribuidora deve ser revendido por R$ 2,37?, afirmou Silva. Por outro lado, teme-se aumento do álcool combustível. Caso a margem de 30% seja aplicado, o litro passaria de R$ 1,44 (preço médio praticado em Curitiba em outubro) para R$ 1,58.

Em outubro, Curitiba apresentou a terceira gasolina mais barata (R$ 2,35) entre 16 capitais pesquisadas. No Paraná, é a segunda mais barata entre 28 municípios pesquisados, só perdendo para Colombo (R$ 2,32). Já o álcool do Paraná (R$ 1,45) foi o terceiro mais barato do País. Na comparação com as capitais, Curitiba apresentou o terceiro menor preço, a R$ 1,44.

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