Supermercados vão importar arroz

Os supermercados foram autorizados pelo governo federal a importar arroz. A medida, segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) tem o objetivo de segurar os preços no mercado interno. Em maio, o preço do arroz subiu 17,16% nos supermercados, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela Abras.

O índice Abrasmercado – que mede a variação de preços de 35 itens de consumo, entre alimentos e produtos de higiene e limpeza – de maio caiu 0,62% em relação a abril. Na segunda quinzena de maio, houve uma deflação de 0,19% na comparação com a primeira quinzena.

“Tudo leva a crer que os preços de junho serão menores que os de maio. A deflação registrada na segunda quinzena de maio deve influenciar o índice de junho”, disse o presidente da Abras, João Carlos de Oliveira.

Além do arroz, pressionaram os preços nos supermercados em maio a batata (15,67%) e a farinha de mandioca (6,57%).

No ano, os itens alimentícios que mais subiram de preço foram a batata (61,97%), cebola (71,20%) e tomate (53,58%). Os preços desses itens já começaram a recuar. É o caso do tomate e cebola, cujos preços caíram 33,57% e 12,88%, respectivamente, em maio.

No lado contrário, os preços dos produtos que compõem a cesta de higiene e limpeza não dão sinais de desaceleração. Os itens dessa categoria que mais subiram de preço foram o sabão em pó (18%), detergente líquido (12,5%), sabonete (26,7%) e xampu (19,9%).

Paraná abre o mercado da Argentina

A segunda missão comercial paranaense à Argentina, que reúne mais de 30 empresários do Estado, está consolidando o intercâmbio comercial no eixo Paraná/Córdoba. Já na abertura do encontro, dezenas de empresários argentinos buscaram informações sobre os interesses da comitiva do Paraná.

“Aqui fazemos o Mercosul funcionar na prática. São brasileiros e argentinos que falam a mesma língua, a dos negócios e da integração cultural”, afirmou o secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Luis Guilherme Mussi, que chefia a missão. “Eles (os argentinos) têm interesse em parcerias para extração mineral, troca de tecnologias em vários campos de atividades e é um mercado muito importante que está se reerguendo economicamente e aberto a aquisição de incontáveis tipos de produtos”, avalia o coordenador de Assuntos do Mercosul da secretaria, Santiago Martin Gallo.

No primeiro dia de rodadas de negociações, os paranaenses ofereceram produtos como silos e secadores para grãos, carrocerias e ônibus, consultoria internacional, brindes, softwares, transporte e logística.

A área da mineração também foi um forte ponto de convergência de interesses entre os dois lados. Como resultado da primeira missão, que visitou Córdoba em maio, duas empresas – uma paranaense e uma cordobesa – assinaram protocolo de intenções para extração de talco na região de Itaiacoca.

O Paraná responde por 50% da produção de talco no Brasil e sua utilização hoje está praticamente restrita à indústria cerâmica. A intenção é expandir o uso do mineral para as indústrias farmacêutica, cosmética e de papel.

As indústrias de produtos voltados para a armazenagem de produtos agrícolas também encontram na Argentina uma solo fértil para os negócios. Principalmente em função da introdução das culturas transgências, o país vizinho aumentou em aproximadamente 50% sua produção agrícola nos últimos anos, causando um déficit no setor de armazenagem.

Cultura

A integração buscada pelo Paraná com a província de Córdoba extrapola as áreas de importação e exportação, sendo perseguida também em seus aspectos culturais, políticos e tecnológicos. Para tanto, a missão empresarial também é composta pela secretaria da Cultura Vera Haj Mussi, pela presidente do Provopar, Lúcia de Mello e Silva Arruda, além do presidente do Instituto de Tecnologias para o Desenvolvimento – Lactec, Alceni Guerra, e superintendente executivo da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Luis Forte Neto.

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