Depois de um ano difícil, marcado pela queda de 1% no faturamento, o setor supermercadista do Paraná aposta na recuperação em 2007. ?O setor deve crescer entre 3% e 4% em termos reais. No Paraná o desempenho pode ser ainda maior, devido ao reflexo positivo do campo?, apontou Valmor Antônio Rovaris, superintendente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras). Segundo ele, a recuperação das commodities – como soja e arroz -, além da alta da carne bovina e do frango, também devem contribuir para um faturamento maior. Junto com o vice-presidente da Apras, Maurício Bendixen da Silva, ele esteve em visita ontem ao diretor-presidente da Editora O Estado do Paraná, Paulo Pimentel.
?No ano passado, a queda do dólar interferiu. Também houve o problema da febre aftosa e da gripe aviária, que derrubaram o preço da carne vermelha e do frango?, comentou Rovaris. O resultado foi que o setor vendeu 5% a mais no volume, mas ganhou 1% menos em termos reais, fechando o ano com faturamento de R$ 7,7 bilhões.
Concorrência acirrada
Com 2.613 supermercados, o Paraná tem a segunda praça mais concorrida do País – um supermercado para cada 4 mil habitantes, bem próximo a Santa Catarina, que conta com um supermercado para cada 3,8 mil habitantes. ?A diferença é que em Santa Catarina não há estabelecimentos com características de hipermercado?, observou o vice-presidente da Apras e gerente de loja do Angeloni, Maurício Bendixen da Silva. Na Grande Curitiba, o número de hipermercados impressiona: há um estabelecimento para cada 130 mil habitantes, quase o dobro da Grande Porto Alegre, onde há um para cada 230 mil habitantes.
?A concorrência é de fato bastante acirrada. Mas, analisando pelo lado positivo, é algo que nos leva a crescer, superar. Ainda bem que temos concorrência; assim, aprendemos a ?brigar? com o Carrefour, Wal-Mart?, afirmou Bendixen, referindo-se às redes de bandeira internacional.
Mercosuper
Entre os dias 11 e 13 de março, a Apras promove o 26.º Mercosuper (Feira e Convenção Paranaense de Supermercados) no ExpoTrade, em Pinhais. O evento, que aproxima fornecedores e supermercadistas, deve movimentar R$ 500 milhões em negócios este ano – volume 10% maior do que o do ano passado.