Superávit recorde nas contas de setembro

A conta de transações correntes do país (que reúne operações comerciais e financeiras do Brasil com o exterior) registrou em setembro superávit de US$ 1,221 bilhão. No mesmo mês de 2001, a conta teve um déficit de US$ 913 milhões. Esse resultado foi obtido principalmente em razão do superávit da balança comercial de US$ 2,480 bilhões no período. Este é o melhor desempenho do indicador mensal da história.

Segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central, a conta de capital e financeira apresentou um déficit de US$ 614 milhões no mês passado. Em setembro de 2001, a conta de capital e financeira foi um superávit de US$ 5,894 bilhões.

O déficit em transações correntes e a conta de capital formam o balanço de pagamentos, que contabiliza todas as operações do Brasil com o exterior. Em setembro, o balanço de pagamentos foi superavitário em US$ 1,316 bilhão, contra um superávit de US$ 3,588 bilhões em setembro de 2001.

Nos últimos 12 meses terminados em setembro, o déficit em transações correntes soma US$ 13,062 bilhões (2,81% do Produto Interno Bruto). Esse déficit foi totalmente financiado pelos investimentos estrangeiros diretos que, no fluxo de 12 meses, somaram US$ 19,841 bilhões.

Nos primeiros nove meses do ano (de janeiro a setembro), o déficit em transações correntes é de US$ 7,289 bilhões, contra um déficit de US$ 17,441 bilhões registrado no mesmo período de 2001.

A conta das transações correntes reúne todas as operações e transações comerciais e financeiras do país com o exterior, como balança comercial, gastos com viagens internacionais, aluguel de equipamentos no exterior, pagamento de juros e remessas de lucros e dividendos ao exterior.

Investimento estrangeiro

O ingresso líquido de investimentos estrangeiros diretos (no setor produtivo, por exemplo) foi de US$ 1,236 bilhão em setembro, contra US$ 882 milhões de agosto e US$ 1,488 bilhão de setembro de 2001.

O ganho de capital das empresas foi de US$ 1,194 bilhão no mês passado, e os empréstimos intercompanhias, de US$ 42 milhões.

No acumulado do ano (de janeiro a setembro), os investimentos estrangeiros diretos somam US$ 12,665 bilhões, contra US$ 15,281 bilhões de ingressos registrados no mesmo período de 2001. Em 12 meses, terminados em setembro, os investimentos somam US$ 19,841 bilhões.

O país que mais investiu no Brasil em setembro, excetuados os investimentos em privatizações, foi a Holanda, no montante de US$ 649 milhões. Em seguida, vêm os Estados Unidos, com US$ 127 milhões, e a Alemanha, com US$ 98 milhões.

No ano, o país que mais investiu no Brasil foi a Holanda, com US$ 2,732 bilhões, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 1,718 bilhão, e pela Franca, com US$ 1,682 bilhão.

Por segmento de atividade, o principal atrativo de investimentos foi o setor de serviços, que no ano já recebeu US$ 8,878 bilhões em investimentos diretos. Em seguida, está o setor industrial, com US$ 5,505 bilhões.

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