Superávit primário caiu para R$ 5,3 bilhões em julho

A dívida pública cresce a despeito de todo esforço do governo para conter gastos e aumentar a arrecadação, que tem resultado em ganhos consideráveis. Essa economia, chamada de superávit primário, somou em julho R$ 3,981 bilhões, dinheiro que serve para pagar juros e encargos financeiros e tentar evitar que haja um comportamento explosivo do endividamento público.

De janeiro a julho, o superávit primário acumulado pela União, Estados e municípios chega a R$ 32,8 bilhões, 96% da meta de R$ 34,1 bilhões acertada com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para o mês de setembro. As metas de superávit, no entanto, deverão ser revistas em setembro com a aprovação do novo acordo com o Fundo.

Em julho, o superávit primário do setor público caiu em relação a junho, chegando a R$ 5,399 bilhões, mas está maior que os números de julho do ano passado, que chegaram a R$ 2,714 bilhões.

O chefe do Departamento Econômico do Bc, Altamir Lopes, considerou bons os números. ?Se considerarmos que em julho há uma concentração de férias e de pagamento de décimo terceiro salário nas três esferas de governo este foi um bom resultado?, disse Lopes.

Nos últimos anos, o governo vem aumentando sucessivamente o superávit primário, com cortes de investimentos e esforço redobrado para elevar a arrecadação de impostos, na tentativa de mostrar ao mercado, especialmente, aos investidores estrangeiros, que pode estabilizar o crescimento do endividamento, sem comprometer a sua capacidade de, no futuro, honrar os compromissos assumidos.

Tanto o governo federal quanto Estados, municípios e empresas estatais têm dado a sua contribuição. Somente o governo federal, que inclui o Banco Central, o Tesouro Nacional e o INSS  apresentou um superávit de R$ 2 bilhões no mês passado. Isso, apesar de a Previdência Social ter registrado um déficit de R$ 1 315 bilhão.

O rombo só não foi maior porque a Previdência teve uma arrecadação recorde no mês, o que anulou parcialmente o aumento nos gastos em função do pagamento do reajuste dos benefícios para quem recebe aposentadoria e pensão acima de um salário mínimo.

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