Brasília (AE) – O balanço de pagamentos do Brasil com o exterior apresentou em setembro um superávit na conta de transações correntes de US$ 2,276 bilhões. No acumulado do ano, o superávit em transações correntes, até setembro, é de US$ 10,136 bilhões, o equivalente a 1,48% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados foram divulgados ontem pelo Banco Central.
O ingresso de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil em setembro, foi de US$ 1,752 bilhão, segundo o BC. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros diretos somam US$ 11,906 bilhões, o equivalente a 1,74% do PIB.
O fluxo de investimentos estrangeiros neste ano é ligeiramente superior ao verificado no acumulado de janeiro a setembro de 2005, quando estava em US$ 11,664 bilhões. Também foi maior do que o registrado em setembro de 2005, quando ingressaram no país apenas US$ 31 milhões.
A remessa de lucros e dividendos para o exterior apresentou em setembro uma saída líquida de US$ 864 milhões. O valor é superior ao registrado em setembro de 2005, quando as remessas de lucros e dividendos tiveram uma saída líquida de US$ 644 milhões. No acumulado deste ano, as remessas de lucros e dividendos somam US$ 11,608 bilhões. O valor é superior ao registrado no mesmo período de 2005: US$ 8,529 bilhões.
As despesas líquidas com juros, em setembro, somaram US$ 967 milhões, ante US$ 915 milhões, em setembro de 2005. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, as despesas com juros somam US$ 8,608 bilhões ante US$ 10,167 bilhões no mesmo período do ano passado.
Compra de dólares
O BC comprou no mercado de câmbio, em setembro, cerca de US$ 1,5 bilhão. De janeiro a setembro, as compras de dólar pelo BC somam US$ 24,9 bilhões – ante US$ 21,5 bilhões adquiridos em todo o ano passado. O BC também elevou sua projeção de reservas internacionais para o fim deste ano de US$ 73,467 bilhões para US$ 74,764 bilhões. Para o final de 2007, a estimativa do BC para as reservas internacionais aumentou de US$ 77,409 bilhões para US$ 78,706 bilhões.
Dívida externa
A dívida externa, estimada para setembro pelo BC, somava US$ 160,839 bilhões, com um aumento de US$ 4,2 bilhões em relação ao estoque apurado para junho de 2006 e um crescimento de US$ 3,6 bilhões, em relação à posição estimada para agosto. A dívida externa de médio e longo prazos atingiu em setembro, pelos dados do Banco Central, US$ 141,379 bilhões e a dívida de curto prazo, US$ 19,461 bilhões.