Superávit em conta corrente será maior

Brasília (AE) – O Banco Central elevou de US$ 8,8 bilhões para US$ 11,9 bilhões a projeção para o superávit em conta corrente deste ano. Em proporção do PIB, a nova estimativa subiu de 0,86% para 1,31%. Ao mesmo tempo, o BC informou pela primeira vez sua projeção para a conta corrente em 2007, que é de superávit de US$ 2,5 bilhões.

Na projeção para 2006, o BC elevou a estimativa para o superávit na balança comercial de US$ 39 bilhões para US$ 41 bilhões. A estimativa para exportações subiu de US$ 128 bilhões para US$ 132 bilhões, enquanto a de importações subiu de US$ 89 bilhões para US$ 91 bilhões.

Para 2007, o BC projeta saldo comercial positivo de US$ 30 bilhões, sendo US$ 140 bilhões de exportações e US$ 110 bilhões em importações.

O Departamento Econômico do Banco Central (Depec) informou que a projeção para as liquidações de pagamentos e de compromissos da dívida externa pelo Tesouro Nacional no próximo ano é US$ 8,241 bilhões.

Para este ano de 2006, a projeção do BC para as liquidações do Tesouro por meio das operações no mercado financeiro oscilou de US$ 12,298 bilhões para US$ 12,333 bilhões.

Despesas com juros

O Banco Central também revisou a projeção para o déficit na conta de serviços e rendas, de US$ 34,1 bilhões para US$ 33,1 bilhões para este ano. Nessa projeção, o BC reduziu a estimativa da despesa líquida com juros de US$ 11 5 bilhões para US$ 10,1 bilhões, e manteve em US$ 14,2 bilhões a despesa líquida para lucros e dividendos.

O BC também manteve para este ano a projeção de despesas com viagens internacionais em US$ 1,3 bilhão. Outras despesas da conta de serviços e rendas tiveram sua estimativa elevada, de US$ 7,1 bilhões para US$ 7,5 bilhões.

Para 2007, o BC projeta que as despesas líquidas com juros vão ficar em US$ 8 bilhões e que a saída líquida de lucros e dividendos vai somar US$ 14,5 bilhões. O BC projeta também uma despesa líquida de US$ 1,5 bilhão em viagens internacionais e US$ 7,5 bilhões em outras despesas. Para a conta de serviços de rendas como um todo, o BC projeta um déficit em 2007 de US$ 31,5 bilhões.

Dívida externa cresceu US$ 712 milhões em agosto

Brasília (ABr) – A dívida externa brasileira cresceu US$ 712 milhões em agosto, depois de sucessivas reduções, por causa, principalmente, do desembolso líquido de notes (títulos) de empresas estatais e da operação de troca de bônus da República, em reais, por títulos da dívida em dólares. Com isso, a dívida externa passou de US$ 156,495 bilhões para US$ 157,207 bilhões no final do mês passado.

Os números constam do relatório de Setor Externo, divulgado ontem pelo Banco Central, e revelam que os compromissos de curto prazo (até 12 meses) aumentaram de US$ 16,410 bilhões, em junho, para US$ 16,761 bilhões, em agosto; todos de responsabilidade dos bancos públicos e privados.

A dívida de médio e longo prazo também cresceu de US$ 140,251 bilhões para US$ 140,446 bilhões no mesmo período, sendo US$ 65,567 bilhões à conta dos setor bancário e US$ 74,792 bilhões do setor público não financeiro.

Enquanto isso, as reservas internacionais aumentaram US$ 4,659 bilhões no mês de agosto, com o saldo chegando a US$ 71,478 bilhões. Isso resulta, em parte, da troca de títulos soberanos pelo Tesouro Nacional e das operações de recompra de bônus da República. O movimento de alta continuou no mês de setembro – o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, informou que as reservas chegaram anteontem (20) a US$ 73 bilhões, nível mais alto desde abril de 1998, quando estavam em US$ 74 bilhões.

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