Superávit comercial está próximo de US$ 11 bilhões

Brasília

  – O superávit comercial até a terceira semana de novembro praticamente atingiu a estimativa de US$ 11 bilhões para todo o ano, feita semanas atrás pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral. Com o saldo positivo de US$ 444 milhões na semana passada, o acumulado do ano já totaliza US$ 10,875 bilhões, o que deve obrigar o governo a rever novamente a meta. No acumulado dos últimos doze meses, o superávit é de US$ 11,802 bilhões.

De acordo com dados divulgados ontem pelo governo, em novembro o superávit está em US$ 815 milhões, resultado de exportações de US$ 2,732 bilhões e importações de US$ 1,917 bilhão. As exportações seguem a tendência de crescimento iniciada no mês de julho. Aumentaram 21,4% na comparação com novembro de 2001. No acumulado do ano, as vendas externas estão 2% superiores ao mesmo período de 2001. Até final de setembro, o desempenho das exportações acumuladas era negativo.

Na terceira semana deste mês, as vendas externas totalizaram US$ 52,724 bilhões. Já o índice de queda das importações no ano, vem se mantendo estável nas últimas semanas. Até a terceira semana de novembro, os gastos caíram 16,2% ante o mesmo período de 2001. As importações somam US$ 41,849 bilhões.

O bom desempenho das exportações, explica o boletim divulgado pela Secretária de Comércio Exterior (Secex), é ocasionado pelo aumento das vendas em todas as categorias de produtos: básicos (35,3%), semimanufaturados (47,5%) e manufaturados (9,5%). Os produtos básicos tiveram as vendas puxadas, principalmente, por minério de ferro, petróleo em bruto, café em grão, soja em grão, fumo em folhas e carnes bovinas, suínas e de frango. As exportações de semimanufaturados cresceram em razão de celulose, semimanufaturados de ferro/aço, óleo de soja em bruto, couros e peles e ferro fundido e as de manufaturados por conta de aviões, aparelhos transmissores e receptores, laminados planos de ferro e aço, suco de laranja e outros sucos de frutas, automóveis, calçados, gasolina e motores para veículos.

Em relação a outubro deste ano houve uma queda nas exportações de 2,9%, reflexo da redução das vendas de básicos (13,8%) e manufaturados (-1,1%). Os semimanufaturados apresentaram crescimento de 9,9%.

As importações somam em novembro US$ 1,917 bilhão, com média diária de US$ 191,7 milhões. Em novembro de 2001 a média foi de US$ 210,7 milhões. Isso não significa que haja uma queda das importações, pois a média diária de compras no exterior é 3 3% superior à de outubro passado.

No comparativo com novembro do ano passado, reduziram-se os gastos com siderúrgicos (30,4%), automóveis e partes (26,9%), equipamentos mecânicos (25,7%), instrumentos de ótica/precisão (23,5%), farmacêuticos (23,3%), equipamentos elétricos e eletrônicos (21,7%) e químicos orgânicos/inorgânicos (19,6%). Em relação a outubro, houve incremento nas aquisições de combustíveis e lubrificantes (31,9%), cereais e produtos de moagem (25,2%), instrumentos de ótica e precisão (5,9%) e plásticos e obras (2,5%).

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