Suinocultura paranaense enfrenta problemas

O Ministério da Agricultura marcou para hoje, em Curitiba, mais uma reunião para discutir a crise da suinocultura no Paraná. Este encontro dá prosseguimento às discussões iniciadas em Brasília, no mês passado, quando representantes da Secretaria da Agricultura do Paraná e dos produtores de suínos apresentaram uma série de reinvindicações ao ministro Reinhold Stephanes.

Foram duas audiências, uma delas com a presença do secretário Valter Bianchini, quando se discutiu e definiu a criação de linhas de crédito para capital de giro e formação de estoques para produtores e indústrias, como vinha reivindicando o setor. A medida visa apoiar a comercialização da carne suína e capacitar financeiramente os produtores para que consigam manter seus animais na propriedade.

Nesta reunião, além da continuidade das discussões iniciadas em Brasília, vão estar em pauta a proposta de preço mínimo, o programa de adequação ambiental da suinocultura, e a aquisição de carne dentro do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA – do governo federal, e o fortalecimento da campanha de consumo de carne suína. Vão participar representantes da Seab, dos Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, da Conab, Embrapa, e de Associações de Suinocultores.

O evento vai ser coordenado por João Antônio Fagundes Salomão (coordenador-geral para Pecuária e Culturas Permanentes do Ministério da Agricultura).

Crise

A suinocultura vem passando por uma crise de excesso de oferta nos últimos sete anos, agravada em 2005, quando ocorreu a febre aftosa no País. As indústrias que vinham ampliando a produção e estimulando mais produtores a entrarem na atividade, se viram obrigadas a suspender as linhas de crédito disponíveis, porque tiveram seus contratos de exportação cancelados. Com isso, os produtores ficaram sem opção de venda e aumentou a oferta de carne no mercado interno, provocando a derrubada nos preços. A suinocultura no Paraná é um setor importante na economia rural, gerando atualmente 217 mil empregos diretos e 298 mil empregos indiretos e a atividade é desenvolvida em 136 mil propriedades, a maioria em regime de economia familiar. No Estado, o plantel está estimado em 4,87 milhões de cabeças. A crise no setor está desestruturando principalmente os municípios da região oeste, onde se concentra a produção.

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