Solução para a greve no Porto sai hoje

Ficou para hoje a definição sobre a paralisação dos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs) de Paranaguá. Ontem, representantes dos sindicatos dos estivadores, arrumadores, vigias, de bloco, dos consertadores e dos conferentes estiveram em Curitiba participando de uma reunião na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Na ocasião, ficou definido que acontece hoje, às 11h, uma reunião com o juiz da 2.ª Vara do Trabalho em Paranaguá, Carlos Kaminski.

?Vamos pedir a ele que dê um tempo maior para que todos os segmentos envolvidos possam se adaptar à lei?, explicou o presidente do sindicato dos estivadores do Porto de Paranaguá, Arivaldo Barbosa José. Conforme decisão judicial, os trabalhadores avulsos – que não mantêm vínculo empregatício com o porto – passam a responder uma chamada eletrônica, e não mais manual, com jornada de seis horas de trabalho para onze horas de folga.

?A chamada eletrônica é uma loteria. Até então, era possível escolher onde trabalhar, agora não?, explicou o presidente do sindicato. Segundo ele, a categoria quer ainda negociar uma renda mínima para compensar as horas não-trabalhadas. De acordo com Barbosa José, a Organização Gestor de Mão-de-Obra (OGMO), que representa o sindicato patronal, também não está contente com a decisão judicial. ?A decisão também está atingindo eles (patronais) negativamente?, afirmou.

A paralisação no porto começou na terça-feira à noite. No Porto de Paranaguá há cerca de 3,5 mil trabalhadores avulsos, dos quais 1,7 mil, aproximadamente são estivadores. De acordo com Barbosa José, o quadro de cadastrados – cerca de 700 pessoas – também deve ser prejudicado.

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