Solo do Paraná contaminado por urânio

Resultados preliminares de um levantamento sobre a quantidade de elementos químicos no solo do Paraná, realizado pela Mineropar (Minerais do Paraná S.A) em conjunto com o IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná) de Londrina, apontam que, em algumas regiões do Estado, os teores de elementos químicos no solo podem estar mais elevados que o normal, devido ao uso indiscriminado de fertilizantes agrícolas.

Algumas amostras com as presenças de potássio, urânio, tório, das 307 colhidas pela Mineropar estão ainda em fase de análise. O magnetismo das rochas também está sendo medido pelos geólogos da empresa. A Mineropar é vinculada à Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul e está estudando e mapeando o Estado a partir de seu perfil geoquímico.

Segundo o gerente do projeto “Geoquímica de Solos do Paraná” da Mineropar, Otávio Augusto Boni Licht, o levantamento servirá como base de dados não somente à geologia, mas também à medicina, agricultura, monitoramento ambiental e outras áreas. O Selab (Serviço de Laboratório da Mineropar) e o Iapar também estão analisando o potássio – macronutriente para a agricultura – existente no solo do Estado, para dar suporte ao planejamento agrícola. As análises que estão sendo realizadas com tório vão servir para discriminar os tipos de rochas no solo, enquanto o minério será analisado pelo magnetismo das rochas.

O projeto da Mineropar é o único do gênero no País e deve terminar entre dezembro de 2004 e janeiro de 2005. Ele faz parte de um projeto maior, o “Sistema de Informações Geoquímicas do Estado do Paraná” (Sigep), que é gerenciado pela empresa e envolve secretarias e órgãos de Estado.

Cerca de 70 amostras de elementos químicos também estão sendo analisadas no laboratório do Instituto Chinês, em Langfang, a 100 Km de Beijing. O Instituto Chinês é considerado um dos laboratórios de referência do projeto “International Geochemical Mapping”, no qual o projeto “Geoquímica dos Solos no Estado do Paraná” está inserido. As análises estão sendo realizadas a partir de um tratado de cooperação Brasil-China.

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