SIG vai investir R$ 250 milhões no Paraná

O chefe para operações mundiais do grupo SIG Combibloc, André Rosenstock, da empresa fabricante de embalagens cartonadas assépticas (longa vida), anunciou ontem investimentos de cerca de R$ 250 milhões no Paraná. A empresa suíço-alemã vai instalar uma unidade industrial no município de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba.

A primeira fase de construção está marcada para o início do segundo semestre de 2006. ?Vamos gerar 250 empregos diretos e mais 950 indiretos; e 80% da produção será destinada ao mercado nacional e 20% para exportação, em especial para as Américas?, explicou Rosenstock.

Segundo o governador Roberto Requião, que assinou junto com o secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, o convênio para implantação da indústria, a empresa ?é extraordinária e boa para o Paraná e para o Brasil porque quebra um monopólio de uma única empresa produtora de embalagens no País. Ganha assim, o Brasil e o mercado?, analisou.

A empresa será beneficiada pelo Programa Bom Emprego – que estimula a atração e a ampliação de indústrias no Paraná – e, de acordo com Requião, vai obter as mesmas vantagens oferecidas para as empresas nacionais ou estrangeiras já instaladas no Estado.

Potencial

Durante o encontro com os representantes mundiais da empresa, o governador esclareceu que a SIG deve concorrer entre as quatro maiores empresas contribuintes de ICMS do Estado, atrás da Petrobrás, Copel, Brasil Telecom e a Tetra Pak concorrente direta da empresa.

?O Paraná foi escolhido por ser o maior produtor de energia elétrica do País e por possuir o menor índice de ausência de trabalho entre os estados brasileiros. Com a fábrica em Campo Largo, a empresa terá acesso estratégico para o Porto de Paranaguá e às principais rodovias do País, além da qualidade de vida?, disse Requião.

Atualmente o mercado de embalagens cartonadas movimenta 9 bilhões de unidades por ano no Brasil. Com vendas para toda a Europa, Ásia e diversos países do continente americano, a SIG prevê absorver 15% do mercado brasileiro em 10 anos. ?A empresa deve estar totalmente construída até 2009?, disse Félix Colas, presidente da empresa no Brasil.

Para o prefeito de Campo Largo, Edson Basso, com a ajuda do governo estadual o município vai transformar a sua estrutura tributária. ?Foi um processo demorado de negociação e a notícia era aguardada por mais de um ano. A empresa vai mudar o perfil econômico da cidade?. Ainda de acordo com o prefeito, o anúncio traz benefícios imediatos na parte imobiliária, de construção civil e mão-de-obra especializada.

Segundo o secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, para um governo que busca a descentralização industrial, a vinda de uma nova empresa com investimentos de 100 milhões de euros traz novo fôlego para a geração de emprego e renda no Estado. 

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