Setor público de julho tem o melhor resultado, diz BC

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, afirmou hoje que o resultado primário de julho, de R$ 13,789 bilhões, foi o melhor para o mês dos últimos 10 anos. A série da autoridade monetária teve início em 2001. “As contas do setor publico apresentaram bom resultado”, avaliou.

Maciel ressaltou também que cerca de 80% da meta do primário para 2011 (R$ 117,9 bilhões) já foi cumprida nos primeiros sete meses do ano. O quadro positivo, segundo ele, se dá em função da expansão da atividade no País. “O crescimento da economia tem sido o principal determinante desse desempenho”, disse, citando variáveis como emprego e renda, entre outros.

Com o desempenho positivo da atividade econômica, há uma contribuição maior para o aumento da arrecadação e das receitas, conforme o técnico. “Temos um cenário mais confortável e bem melhor para o fiscal este ano comparativamente ao ano passado”, considerou. Ele salientou que, em 2010, a economia cresceu mais, mas sobre uma base deprimida em função da crise econômica externa que apresentou impactos no Brasil. “Isso trazia restrições em termos fiscais.” Este ano, segundo Maciel, a economia continua crescendo em cima de um patamar mais alto da atividade.

O chefe do departamento evitou falar sobre as decisões da autoridade monetária em relação ao rumo da política monetária. “Sobre eventuais decisões do Copom, prefiro não me manifestar.”

Impostos

Maciel destacou que o crescimento da arrecadação no País está ligado aos impostos relacionados à expansão da atividade econômica. Ele mencionou que o aumento da arrecadação pela Receita Federal registrou avanço de 22% de janeiro a julho na comparação com idêntico período de 2010.

O chefe do Departamento Econômico do BC citou, por exemplo, que a expansão da arrecadação com IPI no período foi de 17% e de imposto de renda, 19%. “Com a maior arrecadação de impostos, consegue-se perceber que esse é o principal fator que tem predominado para o quadro fiscal e são impostos ligados à produção”, considerou. Ele disse também que se observa no período uma moderação no aumento das despesas, sobretudo em relação a 2010. “Com a continuidade dessa evolução e com crescimento da economia, a perspectiva é de que o cenário para o fiscal continue favorável”, previu.

Voltar ao topo