Setor de serviços “girou” R$ 500 bilhões em 2006

O setor de serviços encerrou o ano de 2006 empregando 447.882 pessoas no Paraná, distribuídas em 73.132 empresas. Juntas, elas movimentaram R$ 29,2 bilhões e geraram salários, retiradas e outras remunerações no total de R$ 4,5 bilhões.

Os números são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e não inclui os serviços financeiros.

A receita operacional líquida obtida por essas empresas, em todo o País, somou R$ 501,1 bilhões, com valor adicionado no Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 278,2 bilhões.

Na comparação com outros estados da região Sul, o Paraná esteve à frente de Santa Catarina – onde o setor de serviços empregava 334,1 mil pessoas e movimentou R$ 18,4 bilhões – e atrás do Rio Grande do Sul, onde o setor empregava 500 mil pessoas e a receita bruta somou R$ 30,7 bilhões.

No Paraná, o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios se destacou pelo faturamento (R$ 11 bilhões) e pelo grande número de pessoas empregadas: cerca de 120 mil, a maior parte delas (84,3 mil) atuando nas 9,3 mil empresas de transportes. Destaque também para as agências de viagens e serviços auxiliares aos transportes, que somavam 2,2 mil empresas e empregavam 23,1 mil pessoas.

Serviços de alojamento e alimentação também empregaram um grande contingente em 2006 no Estado: cerca de 83 mil pessoas, distribuídas em aproximadamente 17,3 mil empresas. A atividade movimentou R$ 2 bilhões.

Os serviços de informação, que incluem atividades ligadas à informática e telecomunicações, empregavam 29,2 mil pessoas no Estado e geraram em salários, retiradas e outras remunerações R$ 545 milhões.

País

Em nível nacional, o setor de serviços reunia 958.290 empresas em 2006, que empregavam cerca de 8,2 milhões de pessoas e geravam salários, retiradas e outras remunerações no total de R$ 95,1 bilhões. O salário médio mensal foi de 2,7 salários mínimos.

Os serviços de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios geraram a maior receita operacional líquida do setor (R$ 149,7 bilhões) em 2006, enquanto o segmento de serviços prestados às empresas (que tem crescido com a terceirização) obteve a maior participação no valor adicionado (R$ 80,3 bilhões).

Os serviços prestados às empresas foram o principal segmento, em termos de pessoal ocupado (3 milhões de pessoas) e salários, retiradas e outras remunerações (R$ 31,6 bilhões).

A pesquisa revela, também, que entre os anos de 2000 e 2006, a participação das grandes empresas no total do PIB do setor de serviços não-financeiros aumentou, passando de 48,5% para 50,7%, “impulsionadas pelo crescimento no segmento de serviços prestados às empresas”, segundo o IBGE.

Dentro deste segmento, a atividade de seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra temporária apresentou as elevações mais expressivas dentre as grandes empresas.

No segmento de serviços de informação, as atividades de informática destacaram-se com a maior participação no número de empresas (81,7%), pessoal ocupado (63,3%) e salários, retiradas e outras remunerações (55,4%).

Por sua vez, telecomunicações, com uma receita operacional líquida de R$ 88,8 bilhões, em 2006, foi a atividade com maior participação na receita do segmento (61,7%).

A pesquisa mostra ainda que, em 2006, atuavam no País cerca de 3.206 empresas do setor de serviços de investigação (também parte de serviços prestados às empresas), segurança, vigilância e transporte de valores, que geraram receita operacional líquida de R$ 11,4 bilhões e empregaram cerca de 463 mil pessoas.

Já os serviços técnico-,profissionais (consultorias, agências de publicidade, escritórios de advocacia e contabilidade, serviços de engenharia e arquitetura) destacaram-se com o maior salário médio mensal (4,6 salários mínimos).

Voltar ao topo