CRESCIMENTO

Setor de seminovos registra expansão de 16,1% em maio no PR

O setor de seminovos e usados segue em ritmo aquecido no Paraná. Mesmo com as medidas de restrição ao crédito tomadas pelo Banco Central desde o final de 2010, as vendas do mercado continuam em alta. De acordo com os dados da Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (Assovepar) o mês de maio registrou expansão de 16,1% em comparação ao mês de abril. Em maio foram vendidas 56.778 unidades e em abril o total foi de 48.905 veículos comercializados. Em relação ao mesmo período de 2010, o setor teve crescimento de 2%.

Mesmo com as inúmeras opções de modelos e marcas chegando no mercado automotivo, o seminovo mantém as vendas aquecidas. O diretor de Serviços da Assovepar, Gilberto Deggerone fala sobre este ritmo. “O veículo seminovo ou usado é uma opção vantajosa para quem quer trocar de carro por um custo melhor e com a margem de desvalorização menor do que o novo. Ao optar pela compra dele, o consumidor obtém a negociação rápida, a entrega é no ato, o veículo já está emplacado e na maioria das comercializações, o carro sai completo”, diz o diretor.

Deggerone observa também que os seminovos chegam a oferecer baixa quilometragem e até possuem a garantia dos componentes, ainda no prazo de validade de seus fornecedores ou fabricantes.

O economista do Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR), Eduardo Cosentino, avalia alguns pontos sobre a compra do carro seminovo. “Antes do consumidor realizar a compra de um veículo, é preciso que ele se atente não apenas pelo valor, mas pela comodidade e o conforto que o carro pode oferecer. Exemplo, um carro popular zero quilômetro custa R$ 24 mil e o usado custa R$18.500. O seminovo vai ter dois ou três anos de uso, mas será um carro completo, com ar condicionando, direção hidráulica, travas elétricas, airbags, desembaçador traseiro e dianteiro, entre outros opcionais. Para quem vai comprar um carro, já pensando em fazer a troca dele em menos de dois anos, a dica é optar pelo seminovo, pois ele  se torna vantajoso por perder menos na venda do que o novo”, diz o economista.

Cosentino fala ainda das ofertas. “Há inúmeras revendas de seminovos em Curitiba e a oferta é muito grande. Além disso, se avaliarmos um seminovo que esteja sendo vendido por R$ 24 mil e um zero quilômetro popular por R$ 28 mil, o consumidor de mediato pode pensar, essa diferença é pouca, e vale mais a pena comprar um novo. Mas se analisarmos bem, veremos que essa diferença será muito maior, pois no caso do carro novo, o consumidor terá que pagar os encargos como a taxa do IPVA e o Licenciamento, e esses pagamentos terão que ser feitos na condição à vista. Em relação aos seminovos é possível parcelar esses encargos, e em muitas vezes eles já vem quitados. Ao final, o que eu imaginei que fosse pagar apenas 4 mil reais de diferença entre um carro e outro, esse custo já adicionou mais R$ 900 “, calcula o economista do Corecon-PR.