Setor de consórcios mostra crescimento

Como mostram dados nacionais, da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), tem aumentado a participação no Sistema de Consórcios. Os últimos números, até setembro de 2006, mostram que no mês foram mais 146,4 mil novas cotas vendidas e o total acumulado até então era de 1,29 milhão. No Paraná, nesse cenário, o que tem alavancado é o setor de imóveis, que cresce enquanto que os consórcios de automóveis se mantêm estáveis.

De acordo com a Abac, o setor de imóveis cresce em média, por ano, 30%. No último mês de setembro chegaram a 375,3 mil participantes ativos em consórcios da casa própria. Em Curitiba, de acordo com a Ademilar, empresa administradora de consórcio de imóveis, as vendas em 2006 cresceram 72%, superando a média nacional. Segundo a diretora da empresa, Tatiana Reichmann, ?este foi um recorde?.

A representante da Ademilar aponta dois fatores que colaboraram para o aumento nas vendas de novas cotas: ?o aumento do valor médio das cotas vendidas, que passou de R$ 60 mil em 2005 para R$ 69 mil em 2006, refletindo também a procura por imóveis de maior valor, já que existe a possibilidade de somar várias cotas e investir até R$ 450 mil em um único bem; o segundo ponto é o novo plano de pagamento lançado em 2006, que prevê que o consorciado pague apenas 70% do valor da prestação até a data da contemplação, quitando os valores pendentes nas parcelas seguintes?.

Automóveis

Como ainda revelam os últimos dados da Abac, no setor de automotores – veículos leves, pesados e motocicletas – entre os meses de janeiro e setembro de 2006 ?houve baixa de 7,6% nas vendas, que somaram pouco mais de um milhão em 2005, enquanto este ano atingiram 970,1 mil?. O número de participantes nesses consórcios também sofreu leve queda: de 2,76 milhões, em setembro/2005, para 2,70 milhões em 2006. Em Curitiba, algumas empresas administradoras de consórcios de automotores confirmam essa relativa estabilidade.

De acordo com o gerente comercial da Servopa, Gilberto Perreira, a empresa que trabalhava com consórcios de automóveis, motocicletas, ônibus, caminhões e tratores teve um decréscimo de 5% nas vendas. Ele explica que a queda foi principalmente motivada pelo segmento de tratores que saiu da empresa. Fora isso, em geral o setor de automóveis em 2006 teve desempenho igual ao de 2005. Foram vendidas 9.800 novas cotas. O que, segundo ele, aumentou 10% foi o consórcio de semi-novos, cujas vendas correspondem a 60% do total.

O gerente comercial da Servopa explica que os melhores anos para os consórcios foram os anos 90s. ?Os fatores a serem levados em consideração eram a alta inflação, que elevava os custos dos financiamentos, e os prazos dos mesmos, que eram reduzidos, não passavam dos 36, no máximo 48 meses. Porém, hoje, o que impede um crescimento maior no setor é o fato dos financiamentos estarem com prazos mais longos e encargos financeiros mais baixos. No entanto, o sistema de consórcio ainda é o mais econômico?, conclui Perreira. Para este ano, ele estima um crescimento de 5% nas vendas de novas cotas.

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