Setor cafeeiro espera crescer

Bastante otimista é a expectativa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Ela pretende, até 2005, aumentar as exportações do produto para mais de 30 milhões de sacas por ano e estimular o consumo interno para chegar à marca de 16 milhões de sacas. Atualmente as exportações estão em 25 a 26 milhões de sacas (a grande maioria das vendas externas é do produto em grão), e o consumo interno em 13,5 milhões de sacas.

Para atingir o objetivo a Abic apresentou um plano de trabalho para o Ministério da Agricultura em que destaca, entre outros pontos, a necessidade de o Brasil ser mais agressivo na busca de mercado internacional, divulgando a qualidade do produto nacional lá fora. E fazendo propagandas para resgatar o consumo interno que se dirigiu para o refrigerante e outras bebidas.

O presidente da Abic, Guivan Bueno, apresentou números e falou sobre o mercado de café durante o 11.º Encontro Estadual de Café realizado dentro da programação técnica da 43.ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina. “Cremos que podemos alcançar facilmente esses números por meio de uma campanha de valorização do nosso produto”, ressalta Bueno. Na sua avaliação, um caminho importante para conquistar novos consumidores é também a inclusão do café na merenda escolar, levando as crianças a terem contato com a bebida desde cedo.

O Brasil é o maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor (fica atrás apenas dos Estados Unidos). “Agora estamos desencadeando um esforço, junto com autoridades brasileiras, para exportar mais café industrializado”, anuncia. Para Bueno, o maior empecilho para isso é a tradição do Brasil de ser um exportador de matéria-prima. “Temos de mudar esse conceito e temos condições para isso. Somos o país com a maior e melhor infra-estrutura cafeeira do mundo”, diz. Segundo ele, Estados Unidos, Europa e Japão são os alvos da Abic para o café industrializado.

O presidente da Abic lembra, ainda, que a indústria defende o estabelecimento de mecanismos de regularização de preços para que a lavoura tenha uma remuneração adequada para investir mais em qualidade e para que não se repitam, nas próximas safras, os baixos preços do produto registrados em 2001 e 2002.

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