Oportunidades

Setor automotivo oferecerá 3 mil vagas no Paraná

Paranaenses à procura de emprego devem ficar de olho no setor automotivo. Investimentos anunciados por grandes empresas nos últimos dias podem gerar quase 3 mil vagas diretas no Estado. No total, as montadoras Audi, Volkswagen e Paccar e a fábrica de pneus Sumitomo prometem investir mais de R$ 2,2 bilhões no Paraná, em plantas na Região Metropolitana de Curitiba e Ponta Grossa.

Ontem, foi formalizado o acordo entre a Volkswagen e o governo para ampliação da fábrica em São José dos Pinhais. Nova plataforma será instalada para produção do Golf geração sete. Para isso, a montadora deve investir R$ 520 milhões. “Vamos contratar entre 400 e 600 novos empregados”, disse o presidente da Volks no Brasil, Thomas Schmall.

O negócio conta com incentivos fiscais do governo, como dilação e diferimento do ICMS. Isso significa que a empresa terá descontos e prazos maiores para arcar com o tributo. Segundo o governador Beto Richa, os detalhes são sigilosos, para não prejudicar a competitividade do Paraná em relação aos outros estados. “Também serão atraídas outras empresas, com geração de milhares de empregos indiretos”, destacou Richa.

Qualificação

As vantagens fiscais fazem parte do programa Paraná Competitivo e já ajudaram a trazer para o Estado empreendimentos como a fábrica de pneus Sumitomo, em Fazenda Rio Grande. Aberta na semana passada, a planta deve gerar 1.500 empregos diretos até 2017.

A retomada da produção da Audi no Paraná, na mesma planta da Volks, em São José dos Pinhais, é outro empreendimento que conta com incentivos fiscais do governo e deve gerar 300 empregos diretos. Assim como a instalação da fábrica de caminhões Paccar, instalada em Ponta Grossa, que vai abrir 500 postos de trabalho.

Para quem está interessado em uma vaga no setor, a dica é se qualificar. “Normalmente essas empresas contratam trabalhadores que já fizeram cursos técnicos, como os oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). É setor que exige mão de obra bem qualificada”, diz o economista do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fabiano Camargo.