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Servidores da Embrapa ficam mais perto da paralisação

Os 9,5 mil trabalhadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em todo o Brasil vão votar o início da greve da categoria até a próxima sexta-feira (17) nas regionais. A reunião entre sindicatos e empresa sobre o acordo coletivo de trabalho 2011-2012 terminou sem acordo no início da tarde desta quarta-feira (15), em Brasília.

Assim, a paralisação pode começar na segunda-feira (20) ou na terça-feira (21). A Embrapa manteve a contraproposta de reajuste salarial sem ganho real (5,61%), assim como reajustes que o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) define como “irrisórios” para as demais cláusulas econômicas do acordo coletivo.

Outras divergências entre as partes dizem respeito a demissões e revisão das exigências do plano de cargos da Embrapa e da tabela salarial, pedida pelos trabalhadores e negada pela empresa. “Há o agravante de se manter as demissões imotivadas sem processo administrativo, mesmo tendo sido condenada judicialmente, por assédio moral, em segunda instância. O assédio moral é alimentado justamente pela ameaça da demissão”, argumenta Vicente Almeida, presidente do Sinpaf. Ele se refere a demissões que ocorreram entre o fim de 2010 e início deste ano.