Serviços criam mais vagas e agricultura demite

Foto: Agência Brasil

Ministro Luiz Marinho: ainda é possível criar 1,250 milhão de vagas até o final do ano.

O mês de agosto foi o oitavo consecutivo com crescimento do nível de emprego formal. Foram geradas 128.915 vagas, segundo consta do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (MT), divulgado ontem. Na comparação com agosto do ano passado, a quantidade de empregos foi inferior. Naquele período foram gerados 135.460 empregos formais. Os números de agosto também são inferiores ao mês anterior, julho, quando foram incorporados 154.357 novos postos de trabalho.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que a expectativa de criação de empregos formais este ano é que seja ?parecida? com o resultado do ano passado. Para Marinho, até o final do ano será possível a criação de 1,250 milhão de vagas formais enquanto em 2005 foram criados 1,253 milhão. Ele reconheceu que está ajustando para baixo essa meta e atribuiu a redução do ritmo de criação de novas vagas às ?turbulências vividas no País nos últimos 12 meses?.

Ele citou como exemplo dessas turbulências a crise política, o câmbio desfavorável às exportações e a redução dos juros, que na sua avaliação poderia ter começado antes. ?A expansão do emprego formal perdeu ritmo. Reconheço que foi um pouquinho menos do que o ano passado, mas nada que possamos chamar de temeridade?, afirmou.

De janeiro a agosto deste ano foram criados 1,207 milhão de empregos contra 1,219 milhão de empregos no mesmo período, em 2005. Foram destaque no mês de agosto, na geração de novos empregos, o setor de serviços, que criou 64.668 empregos com carteira assinada, seguido do comércio (30.192); da indústria da transformação (28.788). O setor com destaque negativo, apresentando eliminação de 13.727 de empregos formais, foi a agricultura. O Ministério do Trabalho atribui essa queda a fatores sazonais relacionados à entressafra no centro-sul do País.

O ministro lembrou que o crescimento da economia deve vir acompanhado de melhor distribuição de renda. ?Precisamos olhar a necessidade de um crescimento da economia brasileira acompanhado de políticas sociais, como políticas de distribuição de renda. Porque, se focarmos somente o crescimento, sem uma visão de governo que aponte para a distribuição de renda, podemos ter um crescimento da economia e uma piora na distribuição de renda, com concentração de renda?, disse Marinho.

Analisando os dados do Caged em termos geográficos, o relatório mostra o crescimento do emprego em todas as unidades da federação. Os destaques ficam com os estados de São Paulo (+42.291 postos), Minas Gerais (+10.547 postos) e Pará (+7.852 postos).

Na opinião de Marinho, o governo enxerga não apenas a necessidade de crescimento da economia, mas também a necessidade de investimentos em infra-estrutura e de queda na taxa de juros. ?Tanto é que as medidas no ano passado focaram a necessidade de um spread bancário menor, juros menores, juros civilizados, para dar sustentabilidade ao crescimento da economia com crescimento de empregos e com distribuição de renda.?

Paraná registrou a criação de 7.258 novas vagas

O Paraná gerou 7.258 novos empregos formais durante o mês de agosto deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. Agora, já são 84.164 novos empregos gerados no Paraná neste ano ou 341.556 desde janeiro de 2003.

O Caged aponta ainda que 55.876 das 84.164 vagas criadas desde janeiro no Paraná estão no interior do Estado. ?São 66,38% de todas as vagas criadas durante o período. Isso é resultado de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento de todas as regiões do Paraná, evitando que, por falta de oportunidade, ocorra o êxodo de trabalhadores do interior para a Região Metropolitana de Curitiba?, analisa o secretário do Trabalho, Emerson Nerone.

Comparando com outras regiões do Estado, os 84.164 novos postos de trabalho criados pelo Paraná em 2006 são maiores do que a soma dos empregos criados pelos 7 estados da região norte (45.602) ou pelos 9 estados que formam a região nordeste (69.100 empregos) ou, ainda, superior ao número de vagas criadas pelos 4 estados quem compõem a região centro-oeste (77.858). (AEN)

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