A inadimplência das empresas cresceu 24% em março, ante fevereiro, aponta o Indicador Serasa Experian. Com relação a março do ano passado, o índice teve aumento de 50,7%. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2009 e o mesmo período de 2008, a elevação foi de 33,1%.
A forma mais comum de inadimplência no primeiro trimestre se deu com os títulos protestados, que correspondem a 41,6% do indicador. Os cheques sem fundos representam 39,3% do total e as dívidas com bancos, 19,1%. Segundo a Serasa, o valor médio dos títulos protestados no trimestre foi de R$ 1.803,09; dos cheques sem fundo, de R$ 1.441,10; e das dívidas com bancos, de R$ 4.558,11.
Os técnicos da Serasa atribuem o aumento da inadimplência à desaceleração da atividade econômica, sobretudo na indústria. Eles citam ainda a dificuldade das empresas de se financiarem no exterior, a desvalorização do real e o aumento da inadimplência do consumidor como causas do crescimento.
Antes do agravamento da crise, no último trimestre do ano passado, as empresas contraíram dívidas de longo prazo, que ainda precisam ser quitadas, identificou a Serasa. Os empréstimos financiariam investimentos para dar conta do aquecimento do mercado doméstico.