O Senado da Itália aprovou o plano orçamentário de 2012, pavimentando o caminho para que o Parlamento vote a proposta neste fim de semana e o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, renuncie ao cargo. Esperava-se que os senadores aprovassem o Orçamento às pressas, dada a pressão do chefe de Estado para que se formasse um novo governo até o fim de semana.
O Orçamento foi aprovado com os votos da coalizão de centro-direita de Berlusconi, embora os principais partidos de oposição não tenham votado, uma tática designada a permitir que a proposta fosse aprovada. Senadores de um partido, o Itália dos Valores, o segundo maior na coalizão de centro-direita, votou explicitamente contra a proposta.
A Câmara Baixa do Parlamento votará no sábado a mesma proposta, que inclui metas fiscais para 2012, bem como um grupo de medidas de longo prazo para impulsionar o crescimento econômico. Espera-se que a maior parte da oposição se abstenha de votar, como fez no Senado. O governo tem uma reunião de gabinete final prevista no sábado ou assim que a votação parlamentar for concluída.
Uma vez que o Orçamento for aprovado por ambas as Câmaras, uma maioria bipartidária mais ampla deverá ajudar o novo governo de emergência a implementar as reformas aprovadas e introduzir novas medidas, em um esforço para restaurar a estabilidade do país e conter a alta alarmante dos custos para tomada de empréstimos, além de administrar a dívida pública de 1,9 trilhão de euros. As informações são da Dow Jones.