Seminário econômico Codesul-Japão

Ampliar as relações bilaterais e mostrar aos investidores japoneses as novas oportunidades de negócios entre os Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Com este objetivo, o governador do Paraná e presidente do Codesul, Roberto Requião, abre na próxima semana o I Seminário Econômico Codesul-Japão, com as presenças dos demais governadores dos estados-membros do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), do embaixador do Japão no Brasil e líderes de diversos setores econômicos.

Seguindo temas como oportunidades e a chave de negócios entre o Codesul e o Japão, este será o momento para o Paraná, em especial, fortalecer laços econômicos com o mercado japonês, explicou o secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho. ?Em 2004 exportamos para o Japão US$ 195 milhões contra US$ 125 milhões em 2003, alta de 55% e passamos de 143 para 160 produtos paranaenses exportados. Nas importações, de US$ 81 milhões em 2003 atingimos US$ 97 milhões no último ano, alta de 20%. Chegou a hora de ampliar ainda mais nossas relações?, resumiu o secretário.

Para o representante do departamento econômico da embaixada do Japão no Brasil, Shigeru Otake, as políticas desenvolvidas pelos estados do Codesul de ampliação de mercados com os países vizinhos, como o Mercosul, provocam maior interesse do empresariado japonês na região Sul atualmente. ?O seminário vai ajudar o empresário japonês a ampliar negócios no Codesul. Se em décadas passadas o Japão apenas tinha interesse nos recursos naturais e o Brasil em tecnologia, hoje a transferência de alta tecnologia japonesa para o Brasil irá aperfeiçoar os produtos já produzidos aqui?, disse. Ainda de acordo com Otake, o caminho para estreitar laços entre o Brasil e o Japão também está nas mudanças que o Japão precisa enfrentar. ?Com a entrada em vigor do protocolo de Kyoto, o Japão está em busca de novas fontes de energia?, adiantou.

Setores

Sendo o segundo maior produtor nacional de cana-de-açúcar do Brasil, o Paraná deve apresentar no seminário econômico Codesul-Japão a viabilidade da exportação de álcool combustível para o mercado japonês. O presidente da Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar), Anísio Tormena, contou que o Paraná já exporta álcool para fins industriais, mas não para combustível. De acordo com Tormena, o Japão consome 60 bilhões de litros em combustível por ano e o País já permitiu a adesão de 3% de oxigenados (como o álcool) na gasolina, o que garantiria 1,8 bilhão de ethanol misturados ao combustível. ?O Paraná produz 1,2 bilhão de litros por ano e teríamos um enorme potencial de inserção para os japoneses?, disse.

BRDE

Criado com a finalidade de desenvolvimento e geração de emprego, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), a instituição planeja financiar linhas de crédito aos empresários brasileiros dispostos a desenvolverem parcerias com empresas do Japão. ?O Japão é um país de grande capital e traz investimento produtivo (não de capital volátil), que realmente busca o estabelecimento no país investido?, conta Carlos Marés, um dos diretores do banco. ?Os japoneses podem investir desde a agroindústria, passando por autopeças até nas áreas de software?, conclui.

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