Segundo OIT, produção nacional é menor do que a da Colômbia

Os brasileiros produzem menos que seus companheiros norte-americanos, argentinos e colombianos. Em compensação, têm um expediente mais pesado que colegas suecos, dinamarqueses, noruegueses e franceses. Os dados fazem parte de uma pesquisa da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que divulgou ontem a pesquisa “Principais indicadores do mercado de trabalho”. O brasileiro trabalhou, em média, 1.689 horas por ano contra 1.825 horas de um norte-americano, 1.820 horas de um argentino e 1.902 de um chileno.

Se for comparado com o expediente de um trabalhador da Coréia do Sul, o brasileiro é pouco ativo. Contrariando a tendência mundial de reduzir a jornada, os coreanos passam 2.447 horas por ano trabalhando. É a maior quantidade entre os países pesquisados. No Japão, a jornada também é pesada: 1.822 horas. O número vem se mantendo estável e acompanhando os dos EUA.

O brasileiro só não trabalha menos que os europeus, que já adotaram redução da jornada. Na Alemanha, a jornada é de 1.444 horas, na Dinamarca, 1.500. Os franceses trabalham 1.545 horas e os suecos, 1.581. Os trabalhadores com a jornada mais leve são os noruegueses: 1.342.

Produtividade

Mesmo estando no meio termo em relação ao tempo de trabalho, a produtividade do brasileiro é inferior à de seus colegas da América Latina. A produtividade anual por trabalhador brasileiro foi de US$ 14,3 mil em 2001 (dado mais atualizado da OIT). É bem menos que a de um norte-americano ? US$ 60.728 ? e de um norueguês, US$ 40.940. Já os coreanos renderam US$ 33,8 mil.

O brasileiro também leva desvantagem em relação aos colegas da América Latina. A produtividade anual do argentino, no auge da crise, chegava a US$ 22 mil. Os chilenos também rendiam mais US$ 28,4 mil e os colombianos, US$ 15,7 mil. A pior produtividade registrada foi a da foi a Etiópia: US$ 961.

Segundo a OIT, o cálculo da produtividade por trabalhador também leva em conta a questão econômica, como desvalorização da moeda e crise no país. Esses são os pontos que podem ter prejudicado o Brasil na avaliação por empregado.

Nos EUA, por exemplo, a produtividade subiu 2,8% no ano passado. Já no Brasil, o avanço não chegou a 1%.

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