Segundo Anbima, acumular reservas é mais eficiente para câmbio

O vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Alfredo Moraes, afirmou hoje que uma política de acumulação de reservas é mais eficiente para conter a elevação do real frente ao dólar que a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital externo. “IOF não segura o câmbio, só serve para dividir o mercado local do estrangeiro”, disse o dirigente. Na avaliação de Moraes, para segurar o câmbio, a política de acumulação de reservas seria mais eficiente, já que cumpriria o objetivo e ainda serviria para formar um colchão de recursos para serem direcionados aos investimentos necessários.

A Anbima já identificou como consequência da cobrança do IOF o aumento das operações de ADRs nos fundos offshore. Segundo o vice-presidente Robert John Van Dijk, os gestores destas carteiras já estão complementando suas necessidades de investimentos com ADRs, quando isso é possível.

Outra consequência da taxação, segundo a Anbima, é a criação de um centro de liquidez no exterior. De acordo com Moraes, após se criar esse centro no exterior fica mais difícil atrair esses investidores para o Brasil.