Secretaria renegocia contratos que lesava o Estado

A Secretaria da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul renegociou esta semana um contrato que lesava o Estado em aproximadamente 15 milhões de reais e que foi firmado na gestão anterior, através da empresa Ambiental Paraná, vinculada à secretaria. Trata-se da venda de uma floresta de pinus, realizada em dezembro de 2001, para as indústrias de compensados Sudati e Guararapes por preço correspondente a menos de 20% sobre o vigente no mercado. A área de reflorestamento, que ocupa 1.826 hectares, foi avaliada em R$ 18 milhões, em média, e acabou sendo arrematada por R$ 3,2 milhões, depois de uma licitação do tipo carta-convite da qual participaram três empresas.

A renegociação do contrato inclui um pagamento adicional pela Sudati de R$ 9 milhões, divididos em 12 parcelas; o reflorestamento e manejo da área explorada pelos próximos cinco anos cujo custo estimado soma R$ 6 milhões – e a devolução para o patrimônio do Estado de 130 hectares de pinus, equivalente a cerca de 300 mil árvores. “Desta forma, atingimos o preço real da floresta, sanando o prejuízo que o Paraná havia sofrido”, explicou o secretário Luis Guilherme Mussi.

A verificação da irregularidade contratual deu-se em função de uma auditoria em todos os negócios feitos pela Ambiental. A varredura ainda não foi concluída e atinge as demais empresas vinculadas à secretaria, obedecendo determinação do secretário, que atende à orientação do governador Roberto Requião.

Origem

A reserva de pinus fica na fazenda Leonópolis, de 3.378 hectares, localizada no município de Inácio Martins e foi incorporada ao patrimônio do Banestado através de uma negociação de dívidas dos antigos proprietário com o banco. A propriedade do imóvel foi transferida para o Estado, em 1999, por ocasião da privatização do Banestado.

A Sudati e Guararapes adquiriram apenas a floresta de pinus, sendo que a propriedade da fazenda permanece com o Estado.

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