Santa Clara se integra ao complexo energético

O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, e o presidente do Complexo Energético do Rio Jordão (Elejor), Sérgio Lamy, inauguraram ontem a Usina Santa Clara, na região central do Estado. A solenidade foi encerrada com mensagem, por telefone, do governador Roberto Requião, que não pôde comparecer à inauguração devido às más condições climáticas. ?Fizemos uma parceria à moda paranaense. Esta é uma Usina da Copel com participação privada, que assegura vigilância maior na administração e racionalidade de todo o processo?, afirmou o governador.

Santa Clara produz 120 megawatts de potência e foi construída com investimentos de R$ 480 milhões, no Rio Jordão, entre os municípios de Pinhão e Candói. ?O Ministério das Minas de Energia destaca a participação da Copel e a satisfação de ver a construção desta usina que está aumentando a capacidade de geração em uma região tão importante para o país como o Paraná?, declarou o representante diretor de outorga do Ministério das Minas de Energia, Sidnei Lago Junior.

A hidrelétrica integra o complexo energético complementado pela Usina Fundão, também de 120 megawatts, e por mais duas pequenas centrais hidrelétricas incorporadas às barragens que adicionam 5,9 megawatts ao conjunto. A construção das usinas deverá gerar R$ 5 milhões em INSS para cada um dos municípios abrangidos.

Potencial

A concessão dos aproveitamentos pertence à Elejor Centrais Elétricas do Rio Jordão, empresa controlada pelo governo do Paraná por meio da Copel, que detém 70% das ações.

A área da Usina Santa Clara é de 2.115 hectares e a barragem possui 72 metros de altura. A usina deverá gerar energia suficiente para alimentar uma cidade de 600 mil habitantes e seguiu rigorosos critérios ambientais, obedecendo sempre o código florestal durante o processo de construção. A central já está operando comercialmente e toda a sua produção é injetada no sistema elétrico da Copel, para atender diretamente o mercado paranaense.

As obras do complexo energético do Rio Jordão são as últimas que a Copel constrói para atendimento ao seu próprio mercado. ?Hoje o Paraná gera energia suficiente para o seu desenvolvimento, sem a necessidade de investimentos em usinas deficitárias ou construção de novos complexos?, disse o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, completando que a previsão para o início de operação de Fundão é o segundo semestre do próximo ano.

O novo modelo do setor elétrico estabelece que toda a produção de novas usinas geradoras seja negociada através de leilões pelo sistema de pool. ?Assim, todas as novas usinas cuja construção a Copel venha a participar no futuro irão gerar energia para o mercado brasileiro e não mais somente para os paranaenses?, disse o presidente da Copel. Segundo ele, com as hidrelétricas do Rio Jordão, fecha-se um ciclo de meio século na história do Paraná em que a Copel, alinhada aos interesses da população, dedicou-se a construir um conjunto de usinas capaz de dotar o Estado de toda a força necessária ao seu desenvolvimento econômico e social.

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