Saldo da balança em doze meses é recorde histórico

São Paulo  – O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, afirmou ontem que o saldo acumulado da balança comercial de agosto de 2002 até julho de 2003, de US$ 21 bilhões, é recorde histórico. Os números referentes aos sete primeiros meses de 2003, de US$ 12,454 bilhões, também foram os maiores já registrados para o período desde 1990. Em conseqüência, o desempenho da conta de transações correntes saiu de um déficit de 3,98% do PIB nos sete primeiros meses de 2002 para um superávit de 0,25%.

Ramalho disse que os resultados positivos do comércio exterior refletem a diversidade de produtos que passaram a fazer parte da pauta exportadora e a inclusão de novos países entre os importadores de produtos brasileiros. Além disso, 652 novas empresas se registraram pela primeira vez no Siscomex, o que indica que o número de exportadores cresceu nos primeiros sete meses deste ano. Para se ter uma idéia da ?diversidade? atual do setor exportador, as vendas de motocicletas registraram a maior alta entre os itens vendidos ao exterior: 275% sobre janeiro a julho do ano passado. Em seguida, mármores e granitos, com elevação de 236%, e mel, que cresceu 224%. Entre os importadores, os países que registraram maiores aumentos nas compras brasileiras foram Mali (838%), Malta (613%), Islândia (441%) e Belarus (402%). “O exportador está buscando novos mercados”, destacou.

Ramalho descartou que os números tenham sido tão positivos por conta da desvalorização cambial do ano passado. Quando o câmbio chegou próximo de R$ 4, a competitividade do produto brasileiro teria crescido muito, pelo menos em teoria. O secretário afirmou, no entanto, que o período de fechamento dos contratos de exportação varia de produto a produto, o que desatrelaria os atuais resultados do comércio exterior da desvalorização cambial.

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