O saldo na balança comercial do Paraná nos primeiros dez meses do ano chegou a US$ 2,036 bilhões, resultado cinco vezes maior que o obtido em todo ano passado, quando o resultado foi de US$ 388 milhões. Em outubro, o Paraná exportou US$ 628 milhões, ou o equivalente a 9,7% de todas as vendas externas brasileiras. O saldo comercial do mês foi de US$ 295 milhões representando 13,4% do superávit obtido pelo Brasil.
Os dados foram divulgados ontem pela Coordenadoria de Assuntos Internacionais da Secretaria da Indústria e Comércio, com base no relatório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O bom resultado da balança comercial paranaense se deve ao crescimento das exportações da soja e derivados, que voltou à condição de produto de maior peso nas vendas externas do Estado.
Nos dez primeiros meses do ano as vendas externas garantiram ao Paraná divisas de US$ 4,838 bilhões – 7% a mais que no mesmo período do ano passado. As importações acumuladas do Estado fecharam em US$ 2,802 bilhões. Com esses resultados, o Paraná se mantém entre os quatro maiores Estados exportadores, junto com São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
O Paraná tem atualmente participação de 10% do conjunto das vendas externas brasileiras. As exportações paranaenses superam o resultado dos nove Estados do Nordeste juntos, ou da soma do desempenho dos sete Estados do Norte ou, ainda, dos quatro Estados do Centro-Oeste. O Paraná continua, também, como o terceiro maior importador, atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Soja e derivados
A soja representou no Paraná 36% das exportações nos dez primeiros meses do ano e 34% em outubro. A seguir, vêm os veículos produzidos no pólo automotivo do Estado, carnes de frango, motores para veículos, madeira, milho, açúcar, café solúvel, combustíveis e lubrificantes para embarcações, molduras de madeira, injetores para motores, carnes de suíno, portas e bombas injetoras de combustível para motor.
Entre os principais países para os quais o Paraná exporta estão os Estados Unidos (com 17,49% de tudo o que o Estado vendeu para o exterior), seguidos da China (8,16%), França (5,82%), Reino Unido (5,56%), Países Baixos (4,73%), Espanha (4,67%), Alemanha (4,30%), Itália (3,57%), México (2,91%), Coréia do Sul (2,74%), Rússia (2,48%), Japão (2,31%), Irã (2,30%), Portugal (2,27%), Argentina (2,22%), Arábia Saudita (1,97%) e Paraguai (1,72%).
Entre os produtos mais importados pelo Paraná estão o petróleo (8,55%), peças para veículos, cloreto de potássio, motores de explosão para veículos, diidrogeno-ortofosfato de amônio, trigo, automóveis, outros produtos químicos, malte, fio texturizado de poliésteres.
Os países que mais vendem ao Paraná são a Alemanha (17,56%), os Estados Unidos (11,99%), Argentina (11,93%), França (7,05%), Paraguai (5,55%), Nigéria (3,89%), Itália (3,67%), Reino Unido (3,26%), Israel (2,96%), China (2,44%), México (2,40%), Rússia (2,31%), Suécia (2,08%), Japão (1,99%), Espanha (1,83%), Coréia do Sul (1,74%) e Chile (1,62%).
Mercosul
No acumulado do ano, o total das importações paranaenses dos países do Mercosul foi de US$ 506 milhões, ou 18% de tudo o que o Estado comprou de outros países. Isso representa ainda 11% daquilo que o Brasil importou da Argentina, Paraguai e Uruguai juntos.
As exportações paranaenses para o bloco chegaram a US$ 215 milhões, ou 4% das vendas externas do Paraná e 0,04% das exportações brasileiras para o Mercosul.