Safra paranaense de grãos deverá atingir 18 milhões de toneladas

O Paraná deverá cultivar 5,4 milhões de hectares e colher 18 milhões de toneladas na próxima safra de verão. A estimativa é do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Deral), que está considerando um acréscimo de 2,7% na produção e 2,4% na área plantada. A soja tende a responder por 64% da área plantada e 60% da produção.
Segundo pesquisa de intenção de plantio do Deral, a soja deverá cobrir 3,47 milhões de hectares e produzir entre 9,7 e 10,8 milhões de toneladas. O crescimento da área de plantio é generalizado, mas o Noroeste se destaca, com um aumento de 30% em áreas antes destinadas a pastagem. Nos últimos cinco anos, em Umuarama, a lavoura de soja cresceu 126%. Também foi registrada expansão da cultura nas regiões Norte, que concentra a maior área (7%), Oeste (3,3%), Centro-Oeste (2,4%), Sudoeste (6,55) e Sul (7%).
A situação é inversa para o milho. A estimativa sobre a área plantada caiu para 1,4 milhão de hectares (6% em relação ao primeiro estudo). É a menor área cultivada com o cereal de primeira safra desde o início dos anos 90. A produção foi estimada em 6,93 milhões de toneladas, a menor desde a safra 1996/1997. A redução na safra deve chegar a 500 mil toneladas.
O Centro-Sul, que nos últimos anos vem liderando a produção do cereal na safra de verão, deve responder por metade da área plantada e metade da oferta estadual. Esta também é região onde foi registrada a menor redução de área (- 3%). As razões para isso são a impossibilidade climática de cultivo do milho na safrinha e a alta tecnificação dos produtores. Nas demais regiões, a redução da área plantada varia de 7 a 20%.
Também apontam para redução as culturas do algodão – cujos custos de produção são altos e levam à substituição pela soja -, arroz, amendoim e mandioca (oferta elevada e conseqüentes preços baixos). No entanto, as perspectivas são favoráveis ao feijão, estimulado pelo preço, e também ao fumo.

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