Safra de pinhão será reduzida este ano

Os produtores de pinhão da região de Curitiba esperam uma safra reduzida neste ano, de apenas 25 toneladas, metade da colheita do ano passado. Mas a quantidade é mais do que suficiente para garantir o abastecimento da Feira do Pinhão, que começou ontem na Praça Osório e vai até o dia 3 de julho. Por outro lado, os consumidores terão poncan e laranja à vontade. Serão ofertadas até 200 toneladas de poncan e 100 toneladas de laranjas cultivadas e colhidas na Região Metropolitana de Curitiba.

O comerciante Laércio Balaban, que há dez anos vende pinhão na Ceasa em Curitiba, afirmou que vende a saca de vinte quilos a R$ 28. Com a chegada do inverno, ele espera que a demanda aumente. “Eu estou otimista, pois estamos recebendo clientes inclusive de Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, disse.

Mas a preocupação mesmo do comerciante é com a possibilidade de faltar produto no mercado. Balaban compra o pinhão de produtores das regiões de Palmas, São João do Triunfo e Guarapuava, mas diz que já vem sentindo dificuldades para encontrar o pinhão. “Essa dificuldade eu venho sentindo nos dois últimos anos, quando observo que o produto está mais escasso”, falou.

A mesma observação fez o presidente da Associação de Produtores de Rio Branco do Sul, Divonzir Stresser, que garantiu que a chiadeira é geral entre os cerca de 200 produtores da região. “Todos sentiram uma perda na produção”, comentou. A comercialização do pinhão foi liberada no Estado em 15 de abril, e Stresser acredita que o produto poderá ser encontrado até meados de julho. Depois disso, a tendência será de aumento no preço. Boa parte da produção de Rio Branco do Sul está sendo vendida em três feiras em Curitiba, nas praças Osório, Tiradentes e 19 de Dezembro. O quilo custa R$ 2.

Produção

Segundo o engenheiro agrônomo e implementador estadual do Processo Madeira do Paraná da Emater, Amauri Ferreira Pinto, não existem números sobre a produção de pinhão no Estado, pois a cultura é extrativista e a informalidade é muito grande no setor. “O pinhão é comercializado direto pelo produtor e por isso fica difícil quantificar o quanto é produzido”, comentou. O engenheiro afirma que não recebeu nenhuma reclamação sobre quebra na produção, e diz que ainda é muito cedo para fazer previsões.

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