RMC registra a menor taxa de desemprego

A Região Metropolitana de Curitiba registrou, pelo terceiro mês consecutivo, a menor taxa de desemprego do Brasil. O índice de maio, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e o IBGE, foi de 5,15%, contra uma média brasileira de 7,7%.

Entre as regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, a maior alta ocorreu em São Paulo (9,2%), seguida por Belo Horizonte (8,0%), Salvador (7,9%), Recife (7,7%), Rio de Janeiro (5,7%) e Porto Alegre (5,6%).

Comparado a abril, o desemprego na RMC teve um aumento de 0,18 ponto percentual no último mês. Ainda assim, o índice ficou abaixo do registrado em março (5,34%). O contingente de desempregados em maio foi estimado em 62 mil pessoas, 9 mil a menos do que no mesmo mês de 2001.

A pesquisa Ipardes/IBGE indicou como os maiores empregadores na Grande Curitiba o comércio e o setor “outras atividades”, que inclui agricultura, silvicultura e extrativa mineral. A oferta de emprego no comércio aumentou 7,1% em maio. A agricultura, com o período de plantio da safra de inverno, também contribuiu para o incremento ocupacional de 2,5% registrado por seu segmento.

Os outros setores de atividade apresentaram queda na ocupação. Houve decréscimo no número de empregados na construção civil (7,1%), indústria de transformação (1%) e no setor serviços (0,5%).

População ocupada

Nos últimos 12 meses, o número de pessoas ocupadas no setor de serviços aumentou 5,5% e, “em outras atividades”, 5,2%, havendo queda de 2,9% no comércio e de 3,2% na construção civil. A indústria de transformação manteve o mesmo nível de ocupação de maio de 2002.

A pesquisa Ipardes/IBGE calculou a População Economicamente Ativa na RMC em 1.196 mil pessoas, representando uma pequena variação positiva de 0,3% em relação ao mês de abril. A taxa de atividade, que indica a proporção de pessoas de 15 anos de idade ou mais inseridas no mercado de trabalho, caiu 0,3%, passando de 62,64% para 62,47%.

A população ocupada foi estimada em 1.134 mil pessoas, com variação positiva de 0,1%, quando comparada ao mês anterior. Confrontando com o mesmo mês de 2001, o nível ocupacional aumentou 2,4%, representando um acréscimo de 27 mil pessoas ocupadas.

O número de empregados com carteira assinada cresceu 2,3% em maio, representando 13 mil novas contratações. No mesmo período, houve queda de 13,8% no contingente de empregadores e de 1,3% entre os empregados sem registro formal de trabalho. Os trabalhadores por conta própria mantiveram o mesmo nível ocupacional de abril.

Comparativamente ao mês de maio de 2001, a pesquisa aponta crescimento no número de ocupados por conta própria (7,4%) e de empregados com carteira assinada (5,3%). Já os empregados sem carteira assinada e os empregadores registraram redução de 7,2% e 5,7%, respectivamente.

Índice nacional é de 7,7%

Rio

(AE) – A taxa de desemprego aberto do País atingiu 7,7% em maio, chegando ao nível mais elevado deste ano, mas manteve-se praticamente estável em relação a abril (7,6%). A maior contribuição para o índice foi dada pela região metropolitana de São Paulo, que concentra o maior mercado de trabalho do País, e registrou no mês a maior taxa dos últimos 20 anos: 9,2%.

Os dados foram divulgados ontem na Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa nacional de maio foi a sétima maior desde o início da série histórica do IBGE, em 1982, e a mais elevada desde maio de 2000.

?Enquanto o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) for moderado, não há como esperar uma forte reação dos níveis de emprego no País?, disse a coordenadora da pesquisa, Shyrlene Ramos de Souza. Para ela, os dados mostram que o mercado de trabalho continua apresentando ?taxa elevada? de desemprego, queda no rendimento e aumento da informalidade acima do crescimento do número de trabalhadores com carteira assinada.

O principal problema é que o mercado de trabalho está absorvendo mão-de-obra, mas não no mesmo ritmo em que cresce a procura por uma vaga. Em maio, o número de pessoas ocupadas ou trabalhando cresceu 1,9% ante igual mês do ano anterior, mas o número de desocupados – os que procuram trabalho, segundo o conceito da pesquisa do IBGE – aumentou bem mais, chegando a 16,7%.

Voltar ao topo