GREVE

Risco de faltar dinheiro nos caixas eletrônicos é mínimo, dizem bancários

Apesar do crescimento da adesão à greve dos bancários, a possibilidade de faltar dinheiro nos caixas eletrônicos é mínima. “A princípio, no atual estágio da greve, não tem esse risco”, diz José Altair Monteiro Sampaio, secretário de assuntos socioeconomicos da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Paraná (Fetec-PR). Mas como o movimento se intensifica nos cinco primeiros dias úteis do mês, a partir da semana que vem, “se houver algum problema nas tesourarias locais, não se descarta desabastecimento, mas o risco é mínimo”, ressalta.

O abastecimento de dinheiro no autoatendimento das agências é feito por bancários ou vigilantes terceirizados, dependendo da instituição financeira. Nos caixas eletrônicos instalados em outros estabelecimentos a função compete a vigilantes. “Em geral, as agências têm um contingente mínimo para garantir o abastecimento normal de dinheiro”, explica Sampaio. Segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, podem acontecer casos isolados de acabar o dinheiro em alguns caixas automáticos muito procurados, o que pode obrigar os usuários a esperar a reposição das cédulas.

“Não vai faltar dinheiro”, frisa o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares. “Muito pelo contrário, as empresas transportadoras de valores estão preocupadas com o aumento dos pedidos de dinheiro para abastecer os caixas”, aponta. Um dos motivos para esse reforço no estoque dos caixas eletrônicos é o pagamento do funcionalismo público, nesta sexta-feira (30). Segundo Soares, a preocupação é que o aumento no fluxo de pessoas nos setores de caixas automáticos facilite a ação de criminosos nas saídas dos bancos. Por isso, ele orienta que a população prefira fazer transações financeiras pela internet ou efetue pagamentos com cartão de débito.