Revendas de carros comemoram resultados

A correria às concessionárias de veículos terminou após o prazo final da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), no último dia 31 de março. Mas as empresas ainda comemoram os resultados obtidos no período de menor alíquota.

Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores regional Paraná (Fenabrave- PR) e Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Paraná (Sincodiv-PR), somente em março deste ano houve um aumento na venda de veículos de 48,29% em relação a fevereiro de 2010.

Foram 34.625 unidades vendidas no mês passado, contanto automóveis, veículos comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários. Especificamente em março de 2010 houve crescimento de 19,02% em relação ao mesmo mês de 2009, quando o setor tinha batido recorde de vendas, mesmo com a crise econômica mundial em andamento, mas já com a prorrogação do prazo de redução do IPI.

No primeiro trimestre de 2010, o setor alcançou um aumento de 13,45% em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram comercializadas 81.928 unidades neste ano, contra 72.213 em 2009.

Algumas concessionárias podem ainda ter estoques com veículos que foram comprados das montadoras nos útlimos dias da vigência da redução do IPI. O desconto é faturado neste momento de aquisição. A diferença ainda será repassada ao consumidor.

“Este é um exemplo (a redução do IPI) de que, se houver redução da carga tributária, conseguimos a renovação da frota”, comenta Marcos Ramos, diretor da Fenabrave-PR. “O governo poderia pensar em um bônus para a troca de veículos usados, que são mais poluentes e menos seguros, por outros novos”, afirma Carlos Kucinski, também diretor da entidade.

Para 2010, o segmento prevê um crescimento de 10%. “Mesmo sem o IPI, os carros estão ficando mais baratos. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano deve ficar em torno de 4,5% a 5%. Crescer o dobro disso é bom. A economia brasileira está crescendo e o consumidor não se prende apenas às promoções. Cada vez mais tem a capacidade de compra”, explica Luis Antônio Sebben, diretor-geral da Fenabrave-PR.

A competitividade e a diversidade de marcas está causando no Brasil a oferta de produtos similares aos Estados Unidos e à Europa. Isto também causa impacto no preço.

“Hoje, o produto oferecido tem mais opcionais do que antigamente com um preço menor. Com a competição, os produtos ficaram mais sofisticados e com um valor melhor”, conta Kucinski. Outro fenômeno verificado durante a vigência da redução do IPI foi a compra do segundo carro da família, principalmente nas classes B e C.

Agora, quem for comprar carro vai pagar 7% de IPI nos automóveis flex. Automóveis de até 2 mil cilindradas voltam com imposto de 11%. Somente o IPI para os caminhões novos permanece zerado em todo o País até junho deste ano.

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