Requião considera pacote agrícola uma boa iniciativa

?A iniciativa é boa. O governo fez o que achava possível. A agricultura é subsidiada no mundo inteiro?, afirmou. A afirmação foi feita ontem pelo governador Roberto Requião, ao se referir ao ?pacote? agrícola anunciado anteontem pelo governo federal. Requião, que abriu oficialmente a 46.ª Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Londrina, também falou a dezenas de representantes da cadeia produtiva sobre a agricultura do Paraná. ?Hoje, na crise nacional que se abate sobre o agronegócio, o Paraná se reafirma como o maior produtor nacional de grãos, retomando uma posição que já teve no passado?, disse.

Segundo o governador, o pacote de auxílio à agricultura deve atingir R$ 16,868 bilhões. Inclui liberação de novos recursos, prorrogação de dívidas e recursos alocados por bancos. Foram anunciados crédito para a comercialização e prorrogação das dívidas dos produtores. Medidas que reduzem a carga tributária no setor, incluindo alíquotas de importação de insumos, seguem em estudo pelo governo.

Requião se referiu aos dados do IBGE que apontam que a safra nacional de grãos deve chegar a 121,97 milhões de toneladas e confirmam o Paraná como o maior produtor de grãos do País, com uma produção de 24,9 milhões de toneladas. ?Hoje, na crise nacional que se abate sobre o agronegócio, o Paraná se reafirma como o maior produtor nacional de grãos, retomando uma posição que já teve no passado?, pontuou o governador.

Requião disse ainda que tem insistido na necessidade de diversificar a produção, que não pode ser reduzida a monoculturas; citou a soja, o milho, o trigo e o pinus como exemplos. ?Temos que valorizar a amplitude dos cultivares que sempre sustentaram nossa evolução. Multiplicidade é o caminho da perenidade. Diversidade biológica é o caminho da sobrevivência?, destacou.

A feira

Os organizadores da feira esperam movimentação financeira global superior aos R$ 160 milhões registrados no ano passado. O evento também marca 60 anos da Sociedade Rural do Paraná e reúne até a próxima semana representantes de todos os setores do agronegócio brasileiro. (AEN)

Conesa debate segurança alimentar e sanidade

Segurança alimentar, sanidade agropecuária e influenza aviária. Estes foram os temas que marcaram os debates realizados ontem em Londrina durante a 21.ª Reunião Extraordinária do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa). O evento foi realizado no Parque de Exposições ?Governador Ney Braga?, onde acontece a 46.ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina e 14.ª Internacional.

Durante o evento, Ribas apresentou o relatório de ações de saneamento realizadas pela Secretaria da Agricultura nas propriedades do Estado reconhecidas pelo Ministério da Agricultura como focos de febre aftosa.

?Realizamos nosso dever de casa. Cumprimos as regras da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Estamos saneando as fazendas consideradas focos da doença e finalizando o trabalho de sorologia nas propriedades que se encontram no raio de 10 quilômetros daquelas fazendas?, lembrou.

O secretário elogiou o trabalho desenvolvido pela Defesa Sanitária Animal da secretaria e pelos técnicos das vinculadas. ?Destaco a participação da Claspar que, nas barreiras sanitárias, fez o que deveria ser feito. Os técnicos da Claspar não mediram esforços para proteger as divisas do nosso Estado do vírus da febre aftosa?, comentou.

Ribas também afirmou que o então secretário da Agricultura, o vice-governador Orlando Pessuti, acertou ao decretar a suspeita da doença no Estado. ?Pessuti fez bem em decretar a suspeita. Foi um ato de transparência e de responsabilidade?, disse.

Entre os temas discutidos, esteve a segurança alimentar em hortaliças e frutos na Região Metropolitana de Curitiba. Ribas lembrou que os esforços da Secretaria da Agricultura visam garantir a segurança alimentar aos consumidores, uma maior renda aos produtores, como também gerar emprego através da organização e capacitação daqueles que produzem frutas e hortaliças.

O secretário da Agricultura informou que entre as metas da Secretaria da Agricultura para o segmento estão a seleção e a implantação de 33 propriedades de referência junto aos municípios de Campo Largo, Araucária, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo e Lapa.

?Visamos o desenvolvimento sustentável desse segmento. Para isso, defendemos a idéia de que os produtos devem ter a melhor qualidade possível. Por isso, defendemos o uso racional de agrotóxicos?, disse.

A influenza aviária também foi debatida. O assunto é considerado como um desafio não apenas sanitário, mas também econômico. Na ocasião, foram apresentados os procedimentos do governo do Estado diante da ameaça da doença.

Entre os procedimentos, está a padronização das ações preventivas, com o objetivo de minimizar os impactos sanitários, econômicos e sociais, em apoio ao Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) e a regionalização sanitária da avicultura. Entre as ações, ainda destacam-se a reativação do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa-PR) e de seus subcomitês, como também o cadastramento com GPS de 10.500 estabelecimentos avícolas do Estado.

Segundo Ribas, 8.500 deles são industriais. ?Os outros dois mil estabelecimentos não são considerados industriais. Mas possuem plantéis acima de 400 aves?, concluiu.

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