Renda cresce, desemprego também

desemprego280405.jpg

Rendimento médio do trabalhador
chegou a R$ 945,20, ou cerca
de 3,6 salários mínimos.

Rio – A renda do trabalhador nas seis maiores regiões metropolitanas do País cresceu 0,5% em março, na comparação com fevereiro, chegando a R$ 945,20, ou cerca de 3,6 salários mínimos. Foi o terceiro mês consecutivo de aumento, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a março de 2004, a alta foi de 1,7%, a sétima consecutiva.

Na comparação com fevereiro, os trabalhadores com carteira assinada tiveram aumento de 0,8% nos rendimentos, enquanto os sem carteira tiveram alta de 0,6%. As pessoas que trabalham por conta própria tiveram queda de 0,4% nos rendimentos. Os grupamentos com quedas significativas na comparação com fevereiro foram construção (-4,1%) e comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-1%). A pesquisa do IBGE abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife.

Desemprego

O desemprego no mês de março atingiu 10,8% da população economicamente ativa das seis maiores regiões metropolitanas brasileiras. Foi o terceiro mês consecutivo de alta, mas, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não houve variação significativa em relação a fevereiro, quando a taxa ficou em 10,6%. No entanto, em relação a março de 2004 (12,8%), o desemprego caiu 2 pontos percentuais.

A pesquisa mostra que o número de pessoas desocupadas passou de 2,313 milhões em fevereiro para 2,375 milhões em março. Já em relação a março de 2004 houve queda de 13,9%, o que significa uma redução de 384 mil pessoas desocupadas. As mulheres continuaram sendo a maioria entre os desempregados, pois representavam 52,3% em março de 2002 e em março de 2005 já são 56,9%.

Entre os desocupados, 19,6% buscavam seu primeiro trabalho e 27,6% eram os principais responsáveis pela família. A pesquisa também mostra um aumento da escolaridade das pessoas desempregadas: em março de 2003, 40,2% delas tinham pelo menos o ensino médio concluído, percentual que chegou a 43,3% em março de 2004 e agora atingiu 46,5%.

Ainda em relação a fevereiro, a taxa de desemprego se manteve estável nas seis regiões pesquisadas e em relação a março de 2004, a única região a apresentar aumento foi Recife (15,3%). Houve quedas em Belo Horizonte (-11,2%), Rio de Janeiro (14,9%), São Paulo (-19,5%) e Porto Alegre (-17,6%). Apenas na região metropolitana de Salvador houve estabilidade.

Em março, a população ocupada, estimada em 19,6 milhões, se mostrou estável em relação a fevereiro, mas significou um aumento de 3,9% (742 mil pessoas) em relação a março de 2004. Apenas São Paulo registrou alteração (0,8 ponto percentual) significativa em relação a fevereiro. Já na comparação com março de 2004, houve altas em Salvador (1,6 ponto percentual) e São Paulo (1,9 ponto percentual) e estabilidade nas demais regiões metropolitanas.

Voltar ao topo