Renault e Nissan apresentam dois novos carros

O ano de 2007 marcou a “decolagem” da Renault no Brasil. A frase, dita ontem pelo CEO da empresa (junto com a Nissan), Carlos Ghosn, na apresentação de dois novos veículos, um de cada montadora, no Congresso da Fenabrave, em Curitiba, foi o ponto alto do evento que teve, ainda, a presença do presidente da Renault Brasil e da Renault Mercosul, Jérôme Stoll e de Thomas Besson, presidente no Brasil da Nissan.

Os dois veículos disputam mercado no mesmo nicho: a família (casal e um ou dois filhos). O Livina, da Nissan, que será colocado no mercado no primeiro semestre do ano que vem, entra no segmento dos carros de passeio bicombustível, o mesmo ocorrendo com o Sandero Stepway (da Renault), o quinto modelo de uma “família” de seis que serão lançados no País até 2009.

“A Renault comemora um recorde em vendas neste ano de 2008. No primeiro semestre elas cresceram 92%, enquanto o mercado apresentou crescimento de 30%”, disse Ghosn. “Crescemos três vezes mais que o mercado e já somos a quinta marca do País, por isso digo que a Renault finalmente decolou”, acentuou o executivo que controla as duas marcas. Até agora já foram vendidas 68.900 unidades da Renault e a expectativa é chegar ao final do ano num total de 130 mil.

A planta industrial da empresa, em São José dos Pinhais, deve produzir 152 mil veículos neste ano e a projeção é chegar a 2010 produzindo 200 mil unidades por ano.

Consumidor

A Nissan, por sua vez, projeta crescer 5% ano nos próximos cinco anos. “Até 2010 estaremos colocando no mercado consumidor dos Estados Unidos e do Japão o primeiro veículo movido a energia elétrica”, disse Ghosn.

O Livina é o primeiro automóvel de passeio de produção local, “um veículo produzido por brasileiros para o consumidor brasileiro”, acentuou Thomas Besson, característica que Ghosn acentuou ser, também, do carro da Renault.

“O Brasil tem um enorme potencial de crescimento. Depende do governo”, disse Ghosn, criticando a elevada carga tributária do setor, que fica com cerca de 40% do valor de cada veículo nas várias esferas governamentais.

“Nenhum país do mundo tem uma carga de impostos tão pesada quanto o Brasil”, disse ele, acrescentando que o desenvolvimento do setor automobilístico depende muito das decisões governamentais.