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Relação entre dívida bruta e PIB deve atingir 71% em 2016 e 76,9% em 2017

O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Renato Baldini, divulgou nesta terça-feira, 27, as projeções da instituição para o setor público consolidado no próximo ano. Segundo ele, considerando parâmetros de mercado e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a dívida bruta do governo geral – que abrange governo federal, governos estaduais e municipais, sem Banco Central e estatais – vai atingir 76,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017.

Faltando dezembro para a consolidação dos dados, Baldini também atualizou a estimativa de dívida bruta em 2016, de 73% para 71%. A dívida bruta do governo é uma das principais referências para avaliação, por parte das agências de classificação de risco, da capacidade de solvência do País.

No caso da dívida líquida, a projeção do BC para 2017 é de 52,5% do PIB. Para o consolidado de 2016, passou de 46,2% para 46,7% em 2016.

Baldini informou ainda que o BC projeta que os gastos com juros em 2017 atingirão 6,5% do PIB. Para 2016, a projeção passou de 6,4% para 6,6% do PIB.

No caso do resultado nominal, as projeções do BC para 2017 indicam déficit de 8,6% do PIB. Para este ano, a projeção de déficit nominal passou de 9,05% para 9,3%.

O déficit primário do setor público consolidado que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é de resultado negativo de R$ 143,1 bilhões para 2017. Essas projeções levam em conta um rombo de R$ R$ 170,5 bilhões para o Governo Central em 2016 e de R$ 139,0 bilhões para 2017.

Assim, o déficit primário atingiria 2,2% do PIB no fim de 2017. Em 2016, de acordo com a LDO, o déficit primário considerado é de R$ 163,9 bi ou 2,7% do PIB. Os demais parâmetros levam em conta o Relatório de Mercado Focus, para câmbio e taxa de juros.

Baldini explicou ainda que as projeções divulgadas nesta terça-feira já levam em conta uma recente revisão realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos dados do PIB de 2014, que afeta toda a série. Com isso, alguns resultados efetivos de 2016, em sua relação com o PIB, também foram revisados.

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