Região Sul terá R$ 1 bi para infra-estrutura

O trabalho de articulação promovido pelo Fórum Industrial-Parlamentar Sul, que é composto pelas três federações industriais e pelas bancadas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul no Congresso Nacional, assegurou a liberação de mais R$ 603 milhões para a realização de obras nas malhas rodoviária, ferroviária, portos e aeroportos dos três estados do Sul. Com isso, sobe para R$ 1 bilhão o volume de recursos alocados no Orçamento da União para a melhoria da infra-estrutura regional neste ano. Deste total, caberá ao Paraná cerca de R$ 200 milhões.

O anúncio do novo aporte de verbas foi feito ontem, em Brasília, durante a primeira reunião do ano do Fórum Industrial-Parlamentar Sul, da qual participaram o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto.

No encontro, Bernardo se comprometeu a liberar o volume total de recursos. ?O acréscimo de verbas atende emendas orçamentárias do próprio Executivo e dos parlamentares da região Sul e inclui recursos da Agenda Portos?, disse o ministro. Para acompanhar as liberações, será criada uma comissão formada por um deputado federal e um senador de cada um dos três estados.

?A união das federações industriais do Sul com os nossos representantes no Congresso Nacional resultou em uma parceria construtiva que vai contribuir para o desenvolvimento da região?, avalia o vice-presidente e superintendente corporativo do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Arthur Carlos Peralta Neto.

Para o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), José Fernando Xavier Faraco, o resultado é animador. ?Já avançamos bastante. Cada vez mais nossos parlamentares e mesmo o governo percebem que, dada a dimensão que o fórum tomou, é impossível ficar de fora?, diz.

O valor previsto para 2005 ainda representa pouco em relação às reivindicações da região. Segundo levantamento feito pelo fórum, seriam necessários R$ 9,3 bilhões para equacionar os problemas de transporte nos três estados. ?A região se ressente da perda de competitividade que os gargalos logísticos vêm trazendo à sua indústria exportadora, que gera o maior superávit na balança comercial brasileira entre todas as regiões do País?, afirmou o presidente da Fiesc.

Há ainda um outro fator favorável. O ministro Paulo Bernardo, cuja pasta estipula a parcela do orçamento que caberá a cada ministério, estava, até assumir o cargo, do outro lado do balcão. Deputado federal pelo PT do Paraná, Bernardo participou de algumas reuniões do Fórum Industrial-Parlamentar Sul no ano passado e conhece de perto não só as reivindicações como também os gargalos dos estados.

Segundo o ministro, ainda em abril terá que ser entregue a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2006. ?Estamos bem a tempo de discutir o que vamos fazer?, disse. Bernardo afirmou também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o convidou para a pasta, recomendou atenção especial para os investimentos na infra-estrutura brasileira.

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