Reforçada vigilância contra Newcastle

A confirmação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento da ocorrência da doença de Newcastle em aves de uma criação de fundo de quintal no município de Vale Real (RS), a 90 quilômetros de Porto Alegre, fez com que o governo do Paraná reforçasse a vigilância na divisa do Estado. O secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas, assinou uma resolução ratificando o cumprimento da Instrução Normativa do Ministério da Agricultura n.º 17, de abril deste ano, que determina aos programas de vigilância oficial a adoção do controle do trânsito interestadual, tão logo seja identificada a presença do vírus.

Segundo o secretário, com a iniciativa, o governo paranaense atende o Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle. Ele afirmou que, na prática, o Paraná já aderiu voluntariamente ao plano no dia 2 de junho. Agora só está reforçando o trabalho de vigilância.

Ribas disse que acredita no trabalho das autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul que já sacrificaram as aves da propriedade considerada foco e adotaram medidas de restrição do trânsito de aves no raio de dez quilômetros da propriedade foco.

Dentre as exigências, as aves de um dia e os ovos provenientes de certos estabelecimentos deverão ter Guia de Trânsito Animal (GTA) emitida por médico veterinário oficial ou credenciado, após realização de amostragem sorológica negativa para a doença.

Os estabelecimentos definidos pelo documento do Ministério da Agricultura são granjas de seleção genética de reprodutoras primárias e de bisavós, importadoras, exportadoras, produtoras de ovos férteis e aves de um dia para a produção de avós e bisavós, granjas de matrizes, usadas na produção de aves comerciais, matrizes recriadas de até 24 semanas.

Classificada como doença viral, aguda e altamente contagiosa, a Newcastle atinge aves comerciais e outras espécies aviárias, provocando tosse, espirro, estertores, seguidos de manifestações nervosas, diarréia e edema da cabeça.

De acordo com o Ministério da Agricultura, a doença afeta apenas as aves, não havendo qualquer hipótese de transmissão para o ser humano. A última ocorrência de Newcastle no País foi diagnosticada no município de Nova Roma (GO), em 2001.

SC aceita ?corredores? para produtos oriundos do RS

Porto Alegre (AE) – Em reunião na manhã de ontem, a Secretaria da Agricultura de Santa Catarina definiu a criação de três corredores sanitários por onde poderão ser transportados produtos avícolas industrializados do Rio Grande do Sul. As rotas funcionarão nas rodovias BR-116, BR-153 e SC-480. A medida foi solicitada pelo secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Quintiliano Vieira, ao colega de Santa Catarina, Felipe Luz, depois que o Estado vizinho suspendeu temporariamente a entrada e passagem de aves e produtos avícolas gaúchos em seu território.

O trânsito de aves vivas continuará proibido, informou a secretaria catarinense. A restrição de Santa Catarina foi adotada em caráter preventivo após a notificação de um foco da doença de Newcastle em criação doméstica de frangos na cidade de Vale Real (RS). Exames de laboratório identificaram o vírus causador da doença no dia 4 de julho.

O governo gaúcho enviou novos documentos anteontem à noite para Santa Catarina e a liberação dos corredores sanitários foi definida em reunião do secretário com técnicos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

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