Em meio a gigantescas obras de ampliação, em andamento desde 2007 e, por outro lado, reivindicações de trabalhadores a empreiteiras contratadas, feitas esta semana, a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), unidade da Petrobras em Araucária, completou ontem 32 anos, com discretas comemorações, mas prevendo investimentos. O complexo, que já está com quase todos os contratos referentes às obras assinados, deve investir cerca de US$ 6 bilhões em sua modernização.
“Acabamos de assinar um dos últimos contratos para o empreendimento”, comemora o gerente-geral da Repar, João Adolfo Oderich, lembrando que as obras estão “a todo o vapor, com 6 mil pessoas trabalhando”.
Esse é o motivo da “comemoração singela”, na visão do executivo. “Nosso foco é o empreendimento”, pondera. “Temos muita coisa a ser inaugurada ao longo do ano.”
Entre as obras que devem ficar prontas, Oderich destaca uma subestação de energia elétrica de 230 kV, uma nova caldeira e uma unidade petroquímica para produção de propeno.
No total, estão previstas 19 unidades, que também vão produzir coque de petróleo, gasolina e diesel, gás de cozinha e hexano. A capacidade de produção da refinaria deve aumentar em 10% com a ativação dos empreendimentos.
A unidade ainda deve, graças às obras, produzir diesel com teor de enxofre de 50 ppm, que é menos poluente. Com o novo empreendimento, a empresa ainda promete aprimorar o aproveitamento do petróleo nacional pesado.
Números
A Repar é responsável, atualmente, por 12% da produção nacional de derivados de petróleo. A unidade de Araucária processa 32 milhões de litros de petróleo por dia, abastecendo os estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e a região sul do estado de São Paulo.
Cerca de 15% da produção completam o abastecimento de outras regiões ou são exportados, de acordo com a empresa. A Repar é, ainda, responsável por 21% da arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Paraná, e recolheu mais de R$ 2,1 bilhões aos cofres públicos, em 2008.