Recursos para construção devem ser de R$ 3 bilhões

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira (28) que divulgará amanhã um programa de capital de giro para as empresas do setor de construção civil. De acordo com ele, o custo das operações será inferior ao praticado pelo mercado atualmente. Mantega também mencionou a disponibilização do capital de giro para a indústria em geral, mas não deixou claro se isso acontecerá por meio do sistema financeiro privado ou se será um programa do governo.

O ministro afirmou que os recursos de capital de giro para o setor de construção civil não virão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas sim de uma linha especial da Caixa Econômica Federal. Segundo ele, o montante será da ordem de R$ 3 bilhões, mas o custo financeiro ainda não está definido, embora ele tenha dito que as taxas ficarão abaixo das vigentes no mercado.

Investimentos

O ministro destacou que o governo trabalha para fazer uma política anticíclica que garanta a continuidade do crescimento do País. Nesse sentido, ele enfatizou que os investimentos públicos, em especial os relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não serão paralisados.

Segundo Mantega, a estratégia do governo Lula está clara e é pautada pelo estímulo aos investimentos públicos, de modo que estes incentivem o setor privado a se expandir. “Esta crise não mudou a direção. Não mudou a relação entre o Estado e o setor privado. O Estado é regulador e busca incentivar o setor privado”, afirmou o ministro, destacando que esse modelo estava funcionando perfeitamente até o agravamento da crise.

Bancos

De acordo com o ministro, o governo, ao ajudar as instituições financeiras, não está mirando uma estatização nem privilegiando um setor, mas garantindo que os recursos financeiros cheguem ao setor produtivo. Ele também lembrou que o governo está estimulando crédito no setor agrícola.

Ainda em relação aos bancos e à medida provisória 443, que aumenta os poderes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, Mantega afirmou que não há nada de estatização nesse medida e ressaltou que o objetivo o governo é resolver questões emergenciais. “Se os bancos privados fizerem, melhor. Mas se eles não atuarem temos os bancos públicos. Estamos fazendo isso para manter um crescimento”, afirmou o ministro.