Recuperação não alcança toda indústria

Brasília (AE) – A Sondagem Industrial referente ao segundo trimestre de 2006, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que os estoques de produtos finais voltaram a subir e estão num patamar indesejado, segundo a entidade. ?O elevado nível dos estoques é um entrave para a aceleração do crescimento industrial. As empresas procuraram reduzir seus estoques antes de aumentar sua produção?, afirma o documento.

A pesquisa mostra também que a recuperação do nível da atividade industrial ainda não é intensa o suficiente para alcançar toda a indústria. Dos 26 setores pesquisados, apenas cinco apresentaram aumento na produção e nas vendas. O nível de utilização da capacidade instalada permaneceu em 71% no segundo trimestre do ano, mantendo igual patamar registrado no primeiro trimestre, mas situado um ponto porcentual abaixo do segundo trimestre de 2005.

Em relação ao emprego industrial, a pesquisa indica que, pelo sexto trimestre consecutivo, o indicador ficou próximo, mas abaixo de 50 pontos. Isso indica, segundo a CNI, pouco dinamismo no mercado de trabalho. Cerca de 60% das empresas não registraram variação no número de empregados no segundo trimestre deste ano.

Exportações

O setor industrial espera que as exportações continuem estáveis nos próximos seis meses. Embora a pesquisa Sondagem Industrial indique que tem havido uma ligeira melhora nas expectativas dos empresários em relação ao primeiro trimestre de 2006, o indicador ainda continua abaixo dos 50 pontos, o que indica que o setor está pouco otimista em relação ao aumento das exportações.

Pelo terceiro trimestre consecutivo, o índice ficou próximo da linha divisória dos 50 pontos. A pesquisa varia de 0 a 100 pontos. Acima de 50, a indicação é de expectativas positivas. Os empresários não esperam, além disso, ampliar seu número de empregados nos próximos seis messes. Essa situação vem-se mantendo há três trimestre consecutivos.

Os empresários, no entanto, estão otimistas em relação ao crescimento do faturamento nos próximos seis meses. O indicador aumentou pela terceira vez consecutiva, registrando 57,9 pontos no segundo trimestre de 2006. A indústria espera também um aumento nas compras de matérias-primas nos próximos seis meses.

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