Receita da Claro cresce quase 20% no 1.º semestre

A operadora de telefonia móvel Claro obteve receita de R$ 5,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, cifra 19,8% maior que a do ano anterior. A receita de serviços foi o principal motivo desse crescimento, ao subir 20,3% na base anual.

Mas a receita média por minuto de voz caiu 25,3% no segundo trimestre porque o grupo optou por “reduzir preços para tirar vantagem do que acredita ser uma boa elasticidade de demanda”.

Ao mesmo tempo, houve um avanço de 22,7% nos minutos em uso. Apesar do aumento de tráfego, o crescimento acelerado da base de assinantes fez cair de R$ 27,00 para R$ 26,00 a receita média por usuário no País. A operadora não divulga os resultados financeiros por região.

“No Paraná, o fato mais relevante é que a Claro foi a única operadora que ganhou mercado no segundo trimestre. O market share (participação no mercado) da Claro cresceu 0,2%”, comentou o diretor regional da Claro no Paraná e em Santa Catarina, Eduardo Coutinho.

A operadora é a terceira no Estado, com participação de 16,9% do mercado e cerca de 1,2 milhão aparelhos. A líder é a Tim, com participação de 47,6% do mercado e 3,5 milhão aparelhos, seguida pela Vivo, com participação de 24,5% e 1,2 milhão aparelhos.

“Houve dois fatos relevantes que explicam nosso crescimento no Paraná: a expansão de agentes autorizados (revendas) e o início de operação na região de Londrina e de Tamarana”, apontou Coutinho.

Segundo ele, a Claro conquistou 18% dos novos clientes na região de Londrina em maio; em junho, passou para 30,4%. “Fizemos uma estratégia agressiva, com boa oferta de aparelhos e de serviços. Queremos ser líder de vendas.”

Para Coutinho, o Paraná tem grande mercado a ser explorado. “Cerca de 67% da população do Estado tem celular. No Distrito Federal, por exemplo, o índice é de mais de 100%. O Paraná é o sétimo em nível de penetração de celular”, comentou. A operadora está em presente em 194 municípios paranaenses.

Lucro

A margem de lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) da Claro no Brasil caiu de 24,7% no segundo trimestre de 2007 para 22,8% nos 12 meses seguintes.

A razão para o declínio da margem da Claro, segundo balanço da América Móvil, foi o forte ingresso de novos clientes, que exigiu despesas maiores com vendas e campanhas de marketing.

O Brasil liderou este movimento ao registrar, no segundo trimestre, adições líquidas de 1,9 milhão de assinantes, alta de 17,4% sobre as entradas em intervalo correspondente do ano passado.

Com isso, a participação de mercado da Claro no mercado brasileiro atingiu 26,3% no trimestre encerrado em junho e 23,7% no primeiro semestre (com adições líquidas de 2,9 milhões neste intervalo), levando a base a 33,1 milhões de assinantes.

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