Protestos caem e apontam redução da inadimplência

Protestos de empresas e pessoa física registram queda, revela estudo nacional da Serasa , empresa especializada em informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios e referência mundial no segmento. O Estudo mostra que a inadimplência total indicada por protestos pessoas física e jurídica, teve queda de 2,2%, na comparação julho 2002/2001, considerados os dias úteis, em todo o território nacional. O volume de títulos protestados nos sete primeiros meses de 2002, sem computar o Estado de São Paulo, apresentou alta de 8,7%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram registrados 2,7 milhões de protestos no acumulado do ano. O total de protestos de pessoa jurídica registrou recuo de 2,1% em julho de 2002 ante o mesmo mês de 2001.

A Serasa aponta que a menor dependência de recursos de terceiros na estrutura de capital das empresas e a concessão de crédito mais criteriosa, por parte daquelas mais organizadas, ou seja, as que utilizam metodologia adequada de crédito, foram fatores que contribuíram para o recuo registrado. No sétimo mês de 2002 foram registrados 392 mil protestos de pessoa jurídica em todo o território nacional, representando média diária de 17 mil protestos. No acumulado de janeiro a julho de 2002, os protestos de empresas (sem o Estado de São Paulo) cresceram 6,9%, totalizando 2 milhões de ocorrências. A Serasa destaca que as variações dos protestos em julho de 2002, em relação ao mesmo mês de 2001, incluem o Estado de São Paulo no levantamento nacional pois os meses subseqüentes a maio do ano passado já se encontravam sobre a vigência e efeitos da legislação que diferencia a cobrança de custas cartorárias neste Estado do restante do País e que, portanto, permitem a comparação direta entre iguais meses. A legislação vigente no Estado de São Paulo, com efeitos a partir de maio de 2001, distorceu a base de comparação, já que promoveu uma sobrecarga de títulos de créditos acumulados, há muito vencidos e não pagos, principalmente cheques sem fundos, de qualquer valor, que foram levados pelos credores de uma vez aos Cartórios. Entretanto, na comparação entre o volume de títulos protestados acumulado de 2002/2001 a distorção ainda persiste, pois o ano passado carrega diferentes metodologias para o Estado de São Paulo: em seus quatro primeiros meses vigorou o antigo método sobre as custas cartorárias, coerente com a dos demais Estados, e nos outros oito meses de 2001 a nova regulamentação, que passa estes encargos para o devedor. Assim, para comparação e análise dos números de protestos no período de janeiro a julho 2002/2001, a Serasa continua a excluir o Estado de São Paulo, de forma a obter a inadimplência pontual que ocorre no País. Pessoa Física Nos primeiros sete meses de 2002 foram protestados 755 mil títulos de pessoa física, com evolução de 13,6% sobre o mesmo período de 2001. Na comparação julho 2002/2001, os protestos de pessoa física tiveram um decréscimo de 2,4%, totalizando 368 mil títulos, com média diária de 16 mil títulos. A menor inadimplência de pessoa física é atribuída aos recursos do FGTS usados na regularização de pendências e a cautela do consumidor na hora de assumir novos compromissos . Segundo a Serasa, o quadro atual da inadimplência aponta uma redução em seus patamares por conta do menor nível de atividade econômica e da maior utilização de informações na concessão e gerenciamento do risco de crédito.

Voltar ao topo