O Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar) vai investir R$ 350 milhões no Paraná a partir deste ano. O montante é R$ 100 milhões superior ao investido no ano passado. O aumento se deve à mudança de regras para o financiamento. O programa vai liberar financiamentos com juros anuais entre 2 e 7,25% para demais familiares dos pequenos produtores – filho e esposa – investirem em pequenos empreendimentos na propriedade voltados à melhoria da renda.
No Paraná o programa será coordenado pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário, Banco do Brasil, Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e Emater. Essas entidades – em suas áreas específicas – vão viabilizar a liberação de financiamentos dentro da nova ótica da política econômica para o campo: prioridade à agricultura familiar.
Nesta quarta-feira (6), em Maringá, durante o Encontro Regional sobre Políticas Públicas para Agricultura Familiar, técnicos da área explicaram aos representantes de sindicatos rurais (patronais e de trabalhadores) e de demais envolvidos na cadeia agropecuária, as alterações de normas do Pronaf.
As mudanças envolvem a criação de grupos de agricultores, divididos de acordo com a renda bruta anual e com os recursos para custeio. De acordo com os critérios podem usar o Pronaf os agricultores que explorem a terra como proprietário, posseiro, arrendatário ou parceiro; residam na propriedade ou em local próximo; tenham no trabalho familiar a base de exploração do imóvel rural e que tenham, pelo menos 80% da renda familiar gerada pela propriedade.
Segundo Osmar Schultz, assessor-técnico do programa e vinculado à Emater, “a atual política agrícola estadual prioriza o pequeno agricultor por uma questão óbvia: das 360 mil propriedades rurais do Estado, 310 mil estão voltadas à agricultura familiar”.