Porto de Paranaguá

Projetos de modernização terão que ser consistentes, diz ministro

A consistência dos projetos para a expansão e melhoria da infraestrutura portuária vai ser decisiva no direcionamento dos recursos federais. Essa foi a orientação que o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, enfatizou durante toda a visita aos portos de Paranaguá e Antonina, nesta sexta-feira (06). “É o primeiro passo”, resumiu Cristino, que está percorrendo o país para a elaboração do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP).

O ministro explicou que, até o momento, recebeu apenas ideias de ações para a ampliação do Porto de Paranaguá. Na mesma ocasião, o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Maron, assegurou que o primeiro projeto com vistas à ampliação do Porto de Paranaguá foi concluído nesta semana e deverá ser encaminhado ao Ministério dos Portos nos próximos dias. “Focamos no Corredor de Exportação”, afirmou Maron. O projeto está orçado em R$ 670 milhões e abrange um terço das principais obras que o Porto Paranaguá necessita para aumentar em 60% a sua capacidade de escoamento. Além da repotencialização do chamado Corredor de Exportação, que transformará uma parte da área do porto em um formato que remete a letra “T”, o primeiro projeto inclui o “F”, cuja obra ampliará o porto a Oeste e também alterará o desenho da região ocupada atualmente pelo porto. A terceira melhoria prevista neste projeto é a expansão do píer de granéis líquidos e inflamáveis.

Para os próximos quatro anos, além das três obras do primeiro projeto, a Appa prevê seis outras melhorias que permitirão ao porto passar de 20 para 32 berços, o que fará com que a movimentação de cargas passe dos atuais 40 milhões de toneladas por ano para algo em torno de R$ 70 milhões de toneladas por ano.

As nove obras devem demandar um investimento em torno de R$ 1,1 bilhão. Um dos pontos mais importantes desse conjunto de obra é a viabilização da retirada de rochas submarinas do canal de acesso ao porto e da bacia de evolução. Essa ação elevará para 16 metros a profundidade do calado em Paranaguá.

Atualmente, a Appa tem em caixa R$ 400 milhões. A intenção é conseguir que o governo federal participe de grande parte dos investimentos. Nesse sentido, o ministro sinalizou positivamente. “Paranaguá tem um potencial extraordinário e é estratégico para o país”, avaliou Cristino.