Produção industrial teve seu melhor desempenho

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Setor automotivo teve grande importância nos resultados do Estado.

A produção industrial paranaense manteve o ritmo de crescimento registrado em 2003 (5,7%) e fechou o ano passado com expansão de 10,1% – o melhor resultado desde 1985. O desempenho do acumulado do ano superou a média nacional, que foi de 8,3%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Paraná, dez dos 14 ramos industriais investigados alcançaram resultados positivos no ano. O setor com maior ritmo produtivo foi o de veículos automotores, com expansão de 50,6%. Houve também avanços em edição e impressão (39,7%), máquinas e equipamentos (21,4%) – com destaque para máquinas para celulose, refrigeradores e congeladores -, alimentos (4,9%) e madeira (16,7%). Já entre os segmentos que reduziram a produção, destaque para o refino de petróleo e produção de álcool (-11,9%) e outros produtos químicos (-10,5%), por conta da parada técnica da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária.

Para a coordenadora da pesquisa Produção Industrial do IBGE, economista Isabella Nunes Pereira, o bom desempenho da indústria paranaense se deve à presença forte de setores que estão em alta. "O que se percebe é que os setores que lideram a economia estão presentes no Paraná. Isso explica por que a produção industrial no Estado está crescendo dessa maneira", apontou. É o caso da presença de montadoras de veículos aqui instaladas, indústria de máquinas e equipamentos, entre outras. No caso da indústria de alimentos, o destaque fica por conta do café solúvel, carne e miudezas de aves, destinados à exportação e com preços favoráveis no mercado externo. "O Brasil ganhou mercado neste setor (alimentos) e o Paraná é um grande representante", apontou.

Dezembro

Na comparação com dezembro de 2003, a expansão de 14,8% da indústria paranaense foi reflexo do desempenho favorável de oito dos 14 ramos investigados. Este índice positivo foi influenciado, em grande parte, pelo aumento observado em veículos automotores (103,3%). Vale citar também a contribuição positiva, embora em menor escala, de máquinas e equipamentos (47,8%). Em conjunto, esses dois ramos responderam por 82% da taxa global. As quedas que mais influenciaram a formação da taxa global foram dos ramos de outros produtos químicos (-15,4%), produtos de metal (-12,6%) e madeira (-4,6%).

No que diz respeito ao desempenho da indústria paranaense no último trimestre do ano passado, este fechou com aumento de 12,4%, resultado ligeiramente abaixo ao do período julho-setembro (13,2%). Na análise do quarto trimestre de 2004, observou-se que dez dos 14 ramos industriais investigados apresentaram esse movimento na passagem do terceiro para o quarto trimestre.

Estados

Oito estados tiveram crescimento acima da média nacional em 2004. Além do Paraná, aparecem Amazonas (13%), Ceará (11,9%), São Paulo (11,8%), Santa Catarina (11,4%), Pará (10,5%), Bahia (10,1%) e Goiás (8,4%). O desempenho desses estados está associado ao dinamismo das suas exportações, forte presença da produção de bens duráveis e de bens de capital nas suas estruturas produtivas e articulação ao agronegócio. Na avaliação do IBGE, o desempenho da indústria em 2004 foi motivado pela alta das exportações e pelo aumento do crédito.

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