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Produção industrial registra alta no Estado

Entre junho e julho, o Paraná foi o estado em que a produção industrial mais cresceu no País, com um aumento de 15,3%. A melhora veio após quatro meses consecutivos de queda, e praticamente anulou a perda de 16,1% registrada nos três meses anteriores.

Por outro lado, na comparação com julho do ano passado, houve recuo pela quarta vez seguida, com -5,3%. O índice, porém, é melhor que a média nacional, que ficou em -9,9%. As informações foram divulgadas ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além do Paraná, Espírito Santo (8,9%), Goiás (6%) e Amazonas (3,6%) foram os únicos estados pesquisados que cresceram, de junho para julho, acima da média nacional, de 2,2%. Santa Catarina (0,8%) e Rio Grande do Sul (1,1%) tiveram índices positivos, mas abaixo da média do País.

O índice de -5,3%, registrado na comparação com o desempenho da indústria paranaense em julho do ano passado, vem de resultados negativos em 10 das 14 atividades pesquisadas pelo IBGE.

A maior delas aconteceu no setor de veículos automotores, que produziu 41% menos que em julho do ano passado. A queda foi maior na produção de caminhões. Alimentos (-15%) e madeira (-27,6%) foram as outras duas atividades que mais influenciaram na taxa negativa do mês.

Ainda na comparação com julho de 2008, os setores de edição e impressão (117,6%) e outros produtos químicos (33,3%) foram os que tiveram os avanços mais importantes, decorrentes especialmente de aumentos na produção de livros, brochuras ou impressos didáticos e adubos e fertilizantes.

Acumuladas

Nas taxas acumuladas do ano e dos últimos 12 meses, a produção industrial do Paraná continua em queda. De agosto do ano passado a julho de 2009, o índice ficou em -1,7%, mantendo uma série negativa que vem desde novembro de 2008. Mesmo assim, a taxa é a segunda melhor entre os locais pesquisados, atrás apenas de Goiás (-0,5%). A média nacional também é mais baixa: -8%.

Já de janeiro a julho, o índice acumulado no Paraná é de -5,8%. Novamente, a taxa só é mais baixa que a de Goiás (-3,1%), e melhor que a média nacional, de -12,8%.

Dos 14 setores pesquisados no Paraná, 10 têm taxas negativas nessa comparação. As maiores pressões vêm também dos veículos automotores (-34,2%) e do setor da madeira (-25,5%), além da atividade de máquinas e equipamentos (-22,4%).

As principais diminuições na produção ocorreram nos caminhões, painéis de madeira e máquinas para colheita. O segmento de edição e impressão (81,9%) também é o que mais cresceu e contribuiu positivamente na média.

Mesmo com taxas negativas na maioria dos comparativos, o bom desempenho da indústria em julho, ante junho, foi comemorado no Governo do Estado. O secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Enio Verri, declarou à Agência Estadual de Notícias (AEN) que as políticas do Governo Federal para amenizar a crise econômica mundial vêm tendo respostas rápidas no Paraná.