Produção industrial cai em maio, depois de duas altas consecutivas

Após registrar duas altas consecutivas, a produção da indústria brasileira desacelerou em maio e fechou o mês em queda de 0,5% na comparação com abril. Já em relação ao mesmo período do ano anterior foi verificada expansão de 2,4%. O ritmo de crescimento nesse tipo de comparação, no entanto, foi menos intenso do que o observado em abril (10,0%).

A Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela ainda que a produção industrial acumula desde janeiro alta de 6,2% e, nos últimos doze meses, de 6,7%.

Em maio, houve recuo em 16 das 27 atividades pesquisadas. As principais pressões negativas vieram de veículos automotores (-5,5%) e de máquinas e equipamentos (-4,7%), seguidos por perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-9,7%) e alimentos (-1,3%). Por outro lado, onze ramos apresentaram crescimento. As principais contribuições positivas vieram de bebidas (9,1%), refino de petróleo e produção de álcool (3,3%) e outros produtos químicos (3,1%).

Ainda na passagem de um mês para outro, o levantamento revela que, por categorias de uso, a queda mais acentuada foi observada em bens de capital (-4,9%). Esse setor vinha  apresentando expansão há quatro meses consecutivos. O setor de bens de consumo duráveis recuou 1,3% em maio, na segunda queda consecutiva (-2,0% em abril).

A produção de bens intermediários (0,3%), segmento de maior peso na estrutura industrial, ficou praticamente estável pelo segundo mês consecutivo. Já o segmento de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis compensou em maio a queda registrada em abril (-1,1%) e  fechou o mês com acréscimo de 1,3%.

A pesquisa também revela que, na comparação com maio de 2007, 15 atividades  apresentaram taxas positivas. O ritmo "bem menos intenso que o observado em abril (10,0%), quando houve crescimento em 21 atividades", conforme assinala o IBGE, pode ser explicado pela base elevada de comparação verificada no ano passado. O levantamento destaca que a partir de maio do ano passado "a produção acentuava a sua trajetória ascendente". Além disso, maio deste ano teve 20 dias úteis, dois a menos do que o mesmo mês de 2007.

Ainda de acordo com a pesquisa, as principais contribuições positivas nesse tipo de comparação vieram de veículos automotores (6,5%), outros equipamentos de transportes (24,2%) e indústrias extrativas (7,2%). Nesses ramos, destacam-se os itens automóveis e caminhões; aviões e motocicletas; e minérios de ferro e petróleo. Por outro lado, entre os 12 ramos que apresentaram queda na produção, as maiores pressões vieram de fumo (-21,3%), máquinas de escritório e equipamentos de informática (-9,7%) e calçados e artigos de couro (-12,9%).

Voltar ao topo